BOA NOVA
Pedindo para sair mais rápido, do mês triste cheio de lágrimas, e saudades. Eis que surge a BOA NOVA. "A virgem conceberá e dará a luz um filho e Ele, será chamado Emanuel. Quer dizer "DEUS CONOSCO". Matheus 13.23
Despertando José fez tudo que o anjo lhe ordenava e recebeu secretamente sua doce Maria, Santa Mãe de todos nós.
Que luminosidade desta alma domínio perfeito pela paz que trazia para o mundo. Temente a Deus. No silêncio da sua carpintaria, não interrompia o trabalho do seu amado menino Deus. Sofria calado sempre a cismar, olhando as estrelas e entendendo que seu filho veio para servir, não para ser servido. Dar ao mundo diz Emanuel, o primeiro sorriso e abriu as portas do evangelho na terra.
Amigos, a vida como diz Davi "É abrir e fechar de olhos". Até vinte anos imaturos, depois dos setenta enfado canseira e velhice. Está na Bíblia. Vale a pena ajudar, mostrando as crianças não só carro importado, Disney, mas as vicissitudes da vida. Entre fartura, conforto, passeios, festas, ter olhos de compaixão com os sofredores. Muita música, presença de pais, beijos e abraços. Necessidade; animais de estimação para pulsar com beleza seu pequeno coraçãozinho.
Quando meus filhos, sobrinhos, amiguinhos eram pequenos costumávamos leva-los aos teatros, templos, jardins e ás vezes aos asilos. Vou contar história com H maiúsculo, não estória. Muitos pensam diferentes. Eu os respeito. Existe o livre arbítrio. DESCULPEM.
Voltando a narrativa, vou contar o que aconteceu n'um dos Festins que oferecíamos ao ASILO DO CARMO em Campos dos Goytacazes, RJ.
Meu velho, com um bugre vermelho, vestido de Papai Noel, enorme saco nas costas. Com meias, saquinhos de doces e outras coisas. Cumprimentava um por um, no Rô-rô-rô. As crianças vestidas dos três reis magos com as capas e a coroa, enfeitadas de purpurina, ofereciam ouro, incenso e mirra. Uma manjedoura, um bonequinho em volto em panos, as meninas vestidas de anjos, os mais velhos tocando violão, cantavam NOITE FELIZ, de joelhos entregavam a Maria e José os presentes para Jesus. Não esqueço até hoje gente, os sorrisos, cento e tantos velhinhos. Dois deles com muita alegria, as mãos enrugadas, cansadas, como diz o poeta A. Roberto, médico e poeta "Mãos que trabalharam e quanto talvez vibraram em mil carícias de amor". O ancião abraçou o companheiro, e chorando exclamou: "QUEM PODIA DIZER QUE EU IA VER PAPAI NOEL DE VERDADE?!"
O mais gostoso é ver a inocência, nem lembrou que havia ficado abandonado pelos mesmos que embalou nos braços cansados. Esqueceram os perigos da DESUMANIDADE dos andaimes precários, que as firmas nunca firmarão as consciências na bondade para o próximo, os boias frias enfrentam madrugadas de invernos causticantes que a vida lhes deu no trabalho honesto. Não passaram pelo tribunal do mensalão e outras falcatruas, porque amam a bandeira da "ORDEM E PROGRESSO".
Será que quando eles eram crianças tiveram um carrinho, bola. As velhinhas, bonecas, ou vestidos de grife? Claro que tudo foi diferente, quem sabe até hoje suas roupas surradas sejam só da caridade ou doação? Seus cobertores pequenos, que se cobrem a cabeça, descobrem os pés. Mas tenho certeza que nas noites de inverno não vai faltar a Branca túnica de Maria protetora, ou a capa de Jesus Cristo Escarlate que os soldados lançaram sorte, ou o perfumado lençol que envolveu o SALVADOR DO MUNDO. Na hora da aflição, enchentes, desabamentos, soterrados corpos em agonia, assassinatos, o calor do amor verdadeiro para toda a terra, não faltará o farol das luzes da árvore de natal os encherão de AMOR, CARINHO, CARIDADE E PAZ.
Quando ouço o prelúdio número 15 de Chopin "A GOTA DE ÁGUA". Vejo aqueles olhos molhados tão inocentes clamando com ansiedade.
QUEM PODIA DIZER QUE EU IA VER PAPAI NOEL DE VERDADE?!
Meus filhos, netos, amigos, do amado Recanto das Letras, obrigada pelos carinhos, daremos as mão tendo a certeza "QUE O AMOR COBRE MULTIDÕES DE PECADOS".
Feliz Natal com todo o amor desejando esperança, fé e CARIDADE.
Junia Rios