PATERNIDADE RESPONSÁVEL

Há alguns meses comemoramos com muita festividade, presentes e a braços o dia dedicado aos pais, mas será que todos estão a altura de tantas gentilezas e honrarias?

Todo adulto com boa saúde tem capacidade para gerar filhos, mas poucos estão preparados para ser pai.

Para gerar filhos é só entregar-se a conjugação carnal, já para ser pai é preciso ter vocação de pai, e esse privilégio é concedido por Deus apenas a criaturas especiais.

O pai que assume sua vocação torna-se figura imprescindível na formação de homens e mulheres com a missão de administrar esse planetinha azul perdido no espaço, e torna-lo uma habitação mais digna e justa para todos, onde nossos idosos e nossas crianças sintam prazer em morar.

Ser pai e ter filhos é tão semelhante e tão diferente; o verdadeiro pai dedica sua vida a vida dos filhos, com a alegria da vela acesa, que se consome dissipando as trevas e iluminando o caminho, proporcionando assim segurança aos passos do peregrino.

Ser pai é estar presente na vida dos filhos com palavras e exemplos mesmo quando se está ausente; é ser livro de consulta sempre aberto; é ser bússola devolvendo-lhes muitas vezes a acertada direção; é ser porto seguro durante as tempestades; é ser ombro amigo, sem perguntas; é ser exemplo imorredouro de dignidade; é ser ponto de partida nunca linha de chegada; é ser pai amigo nunca apenas amigo; ser pai é ter consciência que o filho não vem de si, que é apenas confiado a ele, pois vem de Deus; ser pai é contentar-se em ser apenas o arco que lança as flechas na direção do amanhã, ser pai é dar condições para que o filho cresça como pessoa em conhecimento, honra diante dos homens e graça diante de Deus; ser pai é estar na vida do filho como sal e luz e até sua ausência anuncie sua presença amorosa e continue edificando os filhos como frutos bons; ser pai é criar com sua presença uma atmosfera de amor tão intença que sua família possa ter um vislumbre do paraíso; ser pai é saber impor limites; ser pai é também dizer não; ser pai é não ser conivente; ser pai é amar sem limites

Pai é muito mais que um substantivo e adjetivo algum pode defini -lo, mas Jesus deu o significado que melhor o exprime, quando disse que o Deus de todas as coisa queria ser chamado de pai.

Pai na realidade não é aquele que apenas colabora sexualmente para colocar o filho no mundo, mas aquele que mesmo adotado como pai, age como verdadeiro pai e é sinal da presença e do amor de Deus na vida e na história pessoal dos filhos.

Mas muitos pais biológicos não abraçaram esta santa vocação e apenas colocaram seus filhos no mundo, se fazendo ausentes de suas vidas, esquecendo-se que não se cria filho por correspondêcia; outros quando chegam em casa continuam agindo como se estivessem no escritório, esquecido que seus filhos não são os subalternos da sua empresa que ele se dá o direito de tratar com arrogância e brutalidade.

Infelizmente muitos , abrem mão de tão divino titulo, virando as costa a um casamento de muitos anos e saem pelo mundo a procura da felicidade, esquecendo-se muitas vezes de procura-lá dentro dos olhos tristes de seus filhos, ou talvez no sorriso cristalino de outrora, que com suas atitudes de pai patrão fez desaparecer.

As vezes o ritmo selvagem da vida moderna monopoliza nossa atenção e nosso tempo, e os compromissos de negócio envolvendo valores que passam, nos impedem de dar o devido valor aos tesouros que a bondade de Deus confiou á nossa responsabilidade, e os filhos acabam crescendo órfãos de pais vivos, morrendo de saudade do pai que está fisicamente todo dia dentro de casa.

Ao homem está permitido fracassar como cidadão, como empresário, como homem, como filho e até como cristão, mas se fracassar como pai, terá fracassado como tudo, terá passado pela vida inutilmente pois não terá deixado atrás de si uma boa semente.

Você já abraçou seu filho hoje ?

Gilbertolima

Gilberto F Lima
Enviado por Gilberto F Lima em 06/11/2012
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