REPARANDO ERROS E OFENSAS

Aí a gente se descontrola e metralha o outro com palavras que atravessam além do tímpano e atinge a alma. Naquele momento a gente quer mais que o alvo não escape, seja ferido e, em alguns casos, morto. O sol se põe, vem a noite, chega o novo dia. A lembrança do ocorrido ficou registrada. Cada palavra, cada ofensa, eufemisticamente chamada de "desabafo". "Mas, a pessoa merecia" - racionaliza o ofensor. Pondera mais um pouco e se pergunta: "Será que eu exagerei?". Quando essa pergunta surge, geralmente a resposta é "Sim". Mas, defensivo, busca a justificativa: "Ah, mas ele também não devia ter me provocado". Mas, a lembrança ofensiva é perseguidora implacável. Ela só deixará a sua mente e coração em paz, quando houver arrependimento. E é bom lembrar que arrependimento é diferente de remorso. Enquanto esse, apenas atinge a consciência e busca a paz de si para si, aquele, depois da consciência atingida, busca a paz de si para com o outro. Ao arrependimento segue-se o pedido de perdão, coisa que nunca fará parte da vida de quem se acha superior aos outros. Mas, a Paz é irmã gêmea e companheira inseparável da Humildade. Onde não se vê essa, jamais será vista aquela.