O RECANTO E SUA HETEROGENEIDADE.

O que há, pelo menos para mim no RECANTO DAS LETRAS, de sedutor, é a heterogeneidade. Onde frequentar e avaliar, visibilizando manifestações plurais em tão larga escala? Isto nos possibilitou a famosa “antena”, a internet.

Em nenhuma livraria se encontrariam essas manifestações de tantas origens e com tantas características pessoais. Por quê? Não seriam editadas. Muitos perseguem edições virtuais nunca lidas, por não compradas, ou deslizam em edições nunca editadas e desejadas editar, e afirmadas editadas.

Essa heterogeneidade faz a festa de conhecer mais o mundo desconhecido. Todos podem escrever e serem lidos, em textos multifacetados nos sites, prosas, poesias, crônicas diversas, artigos especializados “desconformes”.

Mas o forte é sem importar a língua nem o tema, todos serem poetas. E o são. E o quê é isso? Colocar para fora seus sentimentos.

Há coisa melhor para vivenciar, ouvindo, a leitura de tão diversa humanidade? Lógico que não, e afloram, também, as exacerbações do dizer e comunicar, debulhando suas vidas como milho, e fazendo exposições arriscadas como nos “faces” e “twiters”, etc, colocando para fora, infantilmente, sigilo de dados e direitos individuais protegidos constitucionalmente.

Marcelo Braga, componente do site, deixa claro em comentário a texto meu, que somos tudo na vida real, mas a realidade ganha asas na ficçaõ, sic:

“Somos na vida real pedreiros, doceiras, feirantes, estudantes, pintores de paredes, de carros, atendentes de lojas, empresas, etc e tal... mas no site, escritores MUNDIALMENTE DESCONHECIDOS. É "moderno" hoje parecer ser aquilo que nunca se foi...”.

É a perseguição pela humanidade de dar seu grito de presença para a irmandade escondida...uma aproximação desejada agora viabilizada.

E muitos se acham celebrizados por escreverem para meia dúzia na internet, o velho grupo de “trocas”, e chegam ao inusitado. Um dia, faz tempo, em festa na minha casa, um desses fantasiosos e imaginosos da infantilidade, fora da realidade, disse em minha presença e de outros amigos que “era um escritor conhecido”, por escrever em internet. Os outros me olharam surpresos com a notícia, já que conheciam a "figura", e fiquei quieto, estava acostumado com esses imaginários do “conhecido escritor”....É fato até hoje comentado ironicamente.

Isso acontece com muitos despreparados e com a imaginação voando nas asas da vontade.

De qualquer forma essa heterogeneidade dá largueza para aprofundar nossas incursões nessa desconhecida alma humana, seja sadia ou patológica, por isso verdadeiramente heterogênea. É uma forma rica de conhecermos mais a natureza humana.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/11/2012
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T3970111
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