CHARME, BELEZA E CARISMA
Charme, beleza, carisma... Três palavras que, aos mais desavisados, poderiam significar uma coisa só. As pessoas belas têm charme e o carisma seria uma consequência desses dois fatores... Acontece que não é bem assim e a vida está repleta de exemplos disso. Entendo que é belo alguém que tem os traços bem delineados, que charme é um tcham especial e carisma é algo inato que pode ser direcionado tanto para o bem como para o mal. Apesar do Vinícius afirmar que "beleza é fundamental", tem gente belíssima sem graça nenhuma e que mais parece uma estátua ou uma tela bem pintada. Por outro lado, tem gente com um narigão enorme, orelhas de abano e pé torto que esbanja charme. Tem gente carismática, sem beleza nenhuma. Enquanto outros, sortudos, tem beleza, charme e carisma!
Numa época em que Alain Delon fazia furor com sua beleza sem graça, o feio Charles Bronson, com seu charme, levava multidões às telas do cinema. Assim é o cantor Fagner que, a meu ver, é um dos feios mais bonitos que já apareceu por aí. Tudo pelo charme que ele tem para dar e vender. La Belle de Jour, Catherine Deneuve, era dona de uma beleza fria, sem charme, enquanto Julia Roberts, sem ter uma beleza clássica, carrega um charme incrível, e Meryl Streep, sem ser bela, é dona de um carisma que prende o telespectador. Robert de Niro, sem ser bonito, tem a graça de reunir charme e carisma. Aquele seu sorrisinho maroto dá taquicardia na gente! Alguns tem a sorte de reunir as três características e nesse grupo eu incluo John Kennedy.
O carisma nem sempre identifica uma pessoa de boa índole. E o problema é quando a pessoa que tem carisma se utiliza dele para manipular os outros. Foi o caso de Hitler que provocou estragos com seu verbo. Segundo Zibia Gasparetto "Carisma é a expressão da alma". E assim como Hitler manifestou sua alma conturbada e com ele arrastou multidões, outros levaram a humanidade a refletir e melhorar. Entre tantos, eu destaco Jesus Cristo, Ghandi, Martin Luther King e João Paulo II.