A VIDA CONTINUA

Depois do desjejum, fui ao meu jardim, e colhi com carinho algumas rosas, uns galhos de avenca. Enchi um vaso com água fresca, e arrumei as flores dentro dele. Foi sobre o itajer, movel que acomoda inumeros porta-retratos em preto e branco, que coloquei o vaso com as flores.
Em silêncio, minha voz interior, ofereceu aos meus entes queridos que, já fizeram a viagem de retorno a pátria de origem, além das flores, a minha gratidão e amor.
Não creio na morte da essência do que somos, tenho certeza que ela é imortal. Sei que aqueles que partiram, somente se tornaram invisíveis aos olhos, mas, continuam a grande caminhada evolutiva, desprovidos agora das vestes físicas.
Com certeza, essa crença, torna muito menos dolorosa a separação, que invariavelmente a morte traz. 
Por inumeras vezes, já senti meus entes queridos que deixaram a terra, ao meu lado. Por sinais induvidaveis, e fatos claros, eles avisaram que ali estavam. Em momentos que precisei de apoio, ou em momentos de pura felicidade, como no casamento de meus filhos, eles estiveram presentes.
Hoje sei, que a morte somente separa corpos. Mas, não consegue separar almas que se querem bem.


(Foto da autora) 

Lenapena
Enviado por Lenapena em 02/11/2012
Reeditado em 03/11/2012
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