O professor... O semeador de sonhos...
Raimundo Palmeira, advogado criminalista, poeta de Maceió, em um dos seus desabafos tece comentários sobre a pratica da docência, chamando os seus leitores á reflexão; estas linhas são fruto deste convite.
Observo que existem diferentes postulados dentre os professores com quem travo relacionamento, e inclinar-me na direção de um em detrimento de outro seria apenas uma solução imediatista, reducionista, que não levaria a nada. Assim, prefiro pensar que existem diferentes graus de entendimento e enfrentamento das questões educacionais e se inclino as minhas observações á generalização, não quero dizer com isso que tudo e todos são iguais ou devam ser... Nem desejo prescrever um manual de conduta!
Inclino-me á idéia de que um professor é um semeador de sonhos, tendo em vista que o que se ensina em dado momento, pode não ser significativo no instante em que é estudado, mas poderá ter algum significado posteriormente.
Existem fatores variados influenciando esta significação pontual, fatores que também podem deixá-la para outro momento... Pode ocorrer que o que esta sendo ministrado não encontre eco dentro do rol de referencias que cada aluno trás consigo, sendo necessária alguma vivência para que ocorra entendimento do que foi ensinado. Por outro lado, a significação de conteúdos educacionais pode se realizar plenamente quando a realidade educacional e a do aluno comungam num mesmo sentido, mas devemos lembrar que esta relação harmoniosa não levará a quase nada sem que encontre eco na comunidade onde escola e aluno estão inseridos, já que esta comunidade está inserida em outras esferas de relacionamento.
Num primeiro momento os docentes são chamados para equacionar estas realidades, conflitantes, sem harmonia, e após apresentarem propostas para a compreensão delas, incentivarem os seus discentes a reelaborá-las... Assim, verdades mortas seriam aquelas que não mais ecoam no tempo, e as que ecoam padecem do mal de serem passiveis de reformulações, mesmo o conhecimento secularizado é constantemente chamado á uma renovação... E o decorar ensinamentos é um não apreender significados, fechar-se á reelaboração de conteúdos, não é aprender.
Docentes que se satisfação em apenas dar conteúdos não prestam um desserviço á educação!
Os que se preocupam com conteúdos e com os alunos, não são aqueles que elevariam os níveis educacionais para melhor?
Os primeiros não seriam apenas educadores? - Só reproduzir conhecimentos não representa evolução...
Os outros não seriam Semeadores de sonhos? – Sonhar não é antever um futuro possível?
Por outro ângulo de visão, assiná-lo que colocar as pessoas como o centro fundamental na arte de educar, sejam elas professores e alunos, num relacionamento de colaboração mútua, é uma formula possível de tornar esta prática num sucesso.
O desabafo de Raimundo Palmeira trás nitidamente que o relacionamento interpessoal é de fundamental importância na relação educacional, deixa transparecer que é ele que transformará a troca de informações em saber, e que este saber é o que norteará ao final o educando em sua atuação pessoal e profissional.
Educar não seria em um primeiro momento, decodificar o que está posto como realidade?
E num momento seguinte, reelaborar os elementos da realidade, não seria o fim esperado para o saber apreendido?
Assiná-lo que a Educação é um bem que tem fins politicamente conhecidos, e educar não seria não reproduzir modelos políticos vigentes?
Aos mestres esperasse que se desapeguem da vaidade de serem o que são, e aos educandos que não se contentem com a condição de aprendizes... Um grande mestre não deve educar seus alunos para que enfrentem as realidades dum mundo em constante evolução? Como os pais não devem criar os filhos para o mundo?
Quanto ao saber, sempre limitado por considerações, que lhes dão e tiram valores, motivado por mestres dedicados á emancipação de seus alunos a preconceitos, modismos, influências políticas e econômicas, como também de circunstâncias sociais não será a chave para que se encontre uma equalização dos problemas existentes em nossas sociedades.
Aqueles que conseguem ensinar como se decodifica o que se vive, - por vezes por imposição, que incentiva os alunos a reelaborarem o que lhes é ensinado, e através deste saber criar novas alternativas para problemas não seriam Semeadores de Sonhos?
E não devemos esquecer que qualquer futuro começa no agora!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
01/11/2012
Raimundo Palmeira, advogado criminalista, poeta de Maceió, em um dos seus desabafos tece comentários sobre a pratica da docência, chamando os seus leitores á reflexão; estas linhas são fruto deste convite.
Observo que existem diferentes postulados dentre os professores com quem travo relacionamento, e inclinar-me na direção de um em detrimento de outro seria apenas uma solução imediatista, reducionista, que não levaria a nada. Assim, prefiro pensar que existem diferentes graus de entendimento e enfrentamento das questões educacionais e se inclino as minhas observações á generalização, não quero dizer com isso que tudo e todos são iguais ou devam ser... Nem desejo prescrever um manual de conduta!
Inclino-me á idéia de que um professor é um semeador de sonhos, tendo em vista que o que se ensina em dado momento, pode não ser significativo no instante em que é estudado, mas poderá ter algum significado posteriormente.
Existem fatores variados influenciando esta significação pontual, fatores que também podem deixá-la para outro momento... Pode ocorrer que o que esta sendo ministrado não encontre eco dentro do rol de referencias que cada aluno trás consigo, sendo necessária alguma vivência para que ocorra entendimento do que foi ensinado. Por outro lado, a significação de conteúdos educacionais pode se realizar plenamente quando a realidade educacional e a do aluno comungam num mesmo sentido, mas devemos lembrar que esta relação harmoniosa não levará a quase nada sem que encontre eco na comunidade onde escola e aluno estão inseridos, já que esta comunidade está inserida em outras esferas de relacionamento.
Num primeiro momento os docentes são chamados para equacionar estas realidades, conflitantes, sem harmonia, e após apresentarem propostas para a compreensão delas, incentivarem os seus discentes a reelaborá-las... Assim, verdades mortas seriam aquelas que não mais ecoam no tempo, e as que ecoam padecem do mal de serem passiveis de reformulações, mesmo o conhecimento secularizado é constantemente chamado á uma renovação... E o decorar ensinamentos é um não apreender significados, fechar-se á reelaboração de conteúdos, não é aprender.
Docentes que se satisfação em apenas dar conteúdos não prestam um desserviço á educação!
Os que se preocupam com conteúdos e com os alunos, não são aqueles que elevariam os níveis educacionais para melhor?
Os primeiros não seriam apenas educadores? - Só reproduzir conhecimentos não representa evolução...
Os outros não seriam Semeadores de sonhos? – Sonhar não é antever um futuro possível?
Por outro ângulo de visão, assiná-lo que colocar as pessoas como o centro fundamental na arte de educar, sejam elas professores e alunos, num relacionamento de colaboração mútua, é uma formula possível de tornar esta prática num sucesso.
O desabafo de Raimundo Palmeira trás nitidamente que o relacionamento interpessoal é de fundamental importância na relação educacional, deixa transparecer que é ele que transformará a troca de informações em saber, e que este saber é o que norteará ao final o educando em sua atuação pessoal e profissional.
Educar não seria em um primeiro momento, decodificar o que está posto como realidade?
E num momento seguinte, reelaborar os elementos da realidade, não seria o fim esperado para o saber apreendido?
Assiná-lo que a Educação é um bem que tem fins politicamente conhecidos, e educar não seria não reproduzir modelos políticos vigentes?
Aos mestres esperasse que se desapeguem da vaidade de serem o que são, e aos educandos que não se contentem com a condição de aprendizes... Um grande mestre não deve educar seus alunos para que enfrentem as realidades dum mundo em constante evolução? Como os pais não devem criar os filhos para o mundo?
Quanto ao saber, sempre limitado por considerações, que lhes dão e tiram valores, motivado por mestres dedicados á emancipação de seus alunos a preconceitos, modismos, influências políticas e econômicas, como também de circunstâncias sociais não será a chave para que se encontre uma equalização dos problemas existentes em nossas sociedades.
Aqueles que conseguem ensinar como se decodifica o que se vive, - por vezes por imposição, que incentiva os alunos a reelaborarem o que lhes é ensinado, e através deste saber criar novas alternativas para problemas não seriam Semeadores de Sonhos?
E não devemos esquecer que qualquer futuro começa no agora!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
01/11/2012