Consequências de um julgamento

   
            Desde que comecei a escrever sobre o julgamento do mensalão, sempre lembrei a hipótese bastante possível de surgirem fatos novos que incriminassem os verdadeiros mandantes e o aparecimento de informações sobre outros crimes, inclusive o assassinato do prefeito Celso Daniel.
            Surge hoje uma novidade.  No blog do Josias, publicado no site da UOL de primeiro de novembro de 2012, há notícia de que Marcos Valério, intimidado com a possibilidade de sofrer represálias na cadeia, já que está condenado a mais de quarenta anos, com medo de até mesmo poder ser morto na prisão, manteve contato com o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel.  Pretendendo proteção das autoridades, troca por informações que comprometem diretamente Lula e Palocci, envolvidos em crimes diversos, inclusive no assassinato do prefeito Celso Daniel, este último não afirmado pelo pagador das propinas do mensalão, mas apenas insinuado.  Um assunto perigoso que já levou ao assassinato de muitos, a apuração da morte do ex-prefeito de Santo André.  A máfia petista é apontada diretamente como responsável no homicídio de Celso Daniel.
            Diante de ameaças sérias, condenações inevitáveis e sentimento de falta de proteção, é normal que muitos comecem a revelar fatos não esclarecidos, visando à defesa da própria vida, caso de Valério.  Tem a certeza que uma vez numa penitenciária, seus dias estão contados.  Sabe demais, precisa ser silenciado.  Este julgamento do maior crime cometido no Brasil é perigoso para todos, articulistas inclusive.   Nada tenho a temer.  Dois conhecidos advogados possuem documentos para imediatamente incriminar Luiz Inácio Lula da Silva como mandante direto de todo ou qualquer mal ou perseguição que eu venha a sofrer, ou qualquer pessoa da minha família.  Como se não bastasse, sou autor de livro de ficção, onde o assunto é diverso do caso in questio, mas faz menção direta ao assassinato de Celso Daniel, sugerindo os mandantes.
            A conclusão final dos crimes praticados pelo bando está apenas começando, e o ministro Ayres Britto, Presidente do Supremo Tribunal Federal, já tem ciência do fato, que corre em segredo temporário, segundo o mesmo jornalista Josias de Souza.  
Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 01/11/2012
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