O povo indígena GUARANI representa uma das mais importante etinia indígena das Américas. Na América do Sul, hoje, possuem aldeias no norte da Argentina, sul da Bolívia, pantanal do Paraguai e parte do Mato Grosso do Sul no Brasil. Na Argentina e no Brasil são denominados de Caiuás ou Caiouás (Kaiowá). Se autodenominam como Paí-Tavyterã (paí seria o título com que os deuses e habitantes do paraíso saúdam e se dirigem a palavra, e tavyterã: os futuros habitantes do povoado do centro da terra” (Melià 1992:247)).
Os Guarani-Kaiowá são indiscutivelmente os primeiros habitantes, incontestáveis nativos daquelas terras inscrita no Mapa Cartorial brasileiro. Ocupantes de fato e merecedores de direito.
Todavia, o processo de colonização, de ocupação da terra, passa por expulsar e/ou desimar os povos nativos sem quaisquer excrúpulos. Não respeitando a vida de homens, mulheres e crianças. Assim vem sendo desde os primeiros passos da Colonização brasileira por outros povos. Não houve nenhuma trégua em qualquer momento de nossa História.
Hoje, as Redes Sociais, vêm desempenhando um papel importantíssimo. Denunciar, alertar, defender e achamar a atenção destes desmandos, como vem acontecendo com os Caiouás em Mato Grosso do Sul. Se assim não fosse, por certo apareceria na mídia as dantescas cenas dos massacres pelos fazendeiros, como um fato chocante mas consumado.
Entenda o processo de ocupação das terras dos Guarani-Kaiowá (cerca de 100 adultos e 70 crianças) por fazendeiros, no Estado de Mato Grosso do Sul, para que possas ser mais um BRASILEIRO indignado com esta desumanidade.
Os Paí-Tavyterã reivindicam demarcação de suas legítimas terras. Todavia enfrentam a resistência dos Governos e a violência dos fazendeiros da região.
Reuniões entre representantes de órgãos do Governo Federal e de lideranças dos Caiouás tem buscado uma solução de pacificação para esta região. Todavia a lentidão e o interesse público-privado de resolver a questão coloca a vida do Indígenas em constante risco, sem nenhuma proteção do Órgãos de Segurança da Federação. Permitindo que o lado armado e gancioso do Fazendeiros imprimem temor e terror aos 100 adultos e 70 crianças Guarani-Kaiowá.
Ontem, 29, um grupo de indígenas foi atacada, como forma de intimidação, mais uma vez, a tiros por homens não indentificados. Interessante, é que neste exato momento, estavam na área, em reunião com a Comunidade, representantes do Ministério Público Federal (MPF) tratando de questões funfiárias e escutar (reiteradamente) as demandas da comunidade.
O conflito localiza-se no Município de Paranhos que faz fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.
Causa. Em desembro de 2009 a terra indígena Arroio Korá foi reconhecida, demarcada e homologada (7 mil hectares) pelo Governo Federal.
Os fazendeiros entraram com processo de reintegração e o Supremo Tribunal Federal (STF), atravéz de liminar, suspendeu o processo de homologação da Terras. A Ministra Rosa Weber, relatora deste Processo, ainda está analisando.
A demora do julgamento deste caso, gera uma zona de instabilidade. Causa um stress emocional coletivo. Permite que ações mais ousados dos mais fortemente armados passem a agir de forma intidatória. Deixando a comunidade indígina indefesa. No mínimo, tropas da Força Nacional de Segurança deveriam estar com mais efetividade naquela área, bem como os órgãos de inteligência, para coibir qualquer abuso.
Divulgue e se incorpore, nas Redes Sociais, nesta justa luta pela defesa dos direitos natos dos Guarani- Kaiowá.
Mané da Letras
(manedasletras.com)
Texto baseado em reportagem de Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
(*) Imagem Google