FANTASIAS....
Vejo no site os desenhos das fantasias projetadas no que se vive sem viver.
Fica claro existir depressão profunda nessas manifestações. As crônicas ficcionais não levam o pronome “eu” ou a ele não induzem.
A presente colocação tenta, repito, tenta redirecionar os que vivem essas fantasias e são conhecidos diferentemente.
Não há necessidade de sermos conhecidos como viventes de uma vida de sol, de festas, de reflexões ao ar livre, totalmente inexistente, berço de fantasias desejadas e impossíveis pelas amarras da existência.
Deve ser vivida a nossa verdade, é impositivo, o mínimo para o homem ser minimamente digno de respeito e, talvez, ser um pouco feliz...
Conheço pessoas que vivem faz anos cerradas em suas casas e vivem, aos trancos e barrancos, mas vivem.....vivem suas verdades.
A vida reservou para cada um seus espaços de acordo com as circunstâncias e semeaduras.
Ainda hoje li e comentei excelente texto de Anabaillune onde fala das emoções e do caminho trilhado por pessoas, e o que se colherá.
Fala de solidariedade. Só quem a doa a receberá no exílio em que cedo ou tarde se encontrará e clamará por presença nas asas da fantasia.
A solidão se abaterá e a fantasia não resolve carências e frustrações. É preciso resgatar do fundo das reservas sentimentais inexistentes, algo que nunca existiu, amor ao próximo, aos seus próximos, aos amigos, aos necessitados, aos irmãos em afinidade e sangue.
A vida não joga cartas nem põe sorte, e repele a mentira, ela tem caminhos que retornam. As estradas caminhadas deixam registradas as pegadas, como se fizeram, e a fantasia não resolve a realidade.
Os passos dados, as condutas exteriorizadas, por ação, ou as necessitadas exteriorizar e se fizeram omitir, omissão, são o DNA da alma.
Lá estão marcados indelevelmente no livro da vida em suas páginas abertas a caminhada, que faz sorrir ou chorar.