FANTASIAS....

Vejo no site os desenhos das fantasias projetadas no que se vive sem viver.

Fica claro existir depressão profunda nessas manifestações. As crônicas ficcionais não levam o pronome “eu” ou a ele não induzem.

A presente colocação tenta, repito, tenta redirecionar os que vivem essas fantasias e são conhecidos diferentemente.

Não há necessidade de sermos conhecidos como viventes de uma vida de sol, de festas, de reflexões ao ar livre, totalmente inexistente, berço de fantasias desejadas e impossíveis pelas amarras da existência.

Deve ser vivida a nossa verdade, é impositivo, o mínimo para o homem ser minimamente digno de respeito e, talvez, ser um pouco feliz...

Conheço pessoas que vivem faz anos cerradas em suas casas e vivem, aos trancos e barrancos, mas vivem.....vivem suas verdades.

A vida reservou para cada um seus espaços de acordo com as circunstâncias e semeaduras.

Ainda hoje li e comentei excelente texto de Anabaillune onde fala das emoções e do caminho trilhado por pessoas, e o que se colherá.

Fala de solidariedade. Só quem a doa a receberá no exílio em que cedo ou tarde se encontrará e clamará por presença nas asas da fantasia.

A solidão se abaterá e a fantasia não resolve carências e frustrações. É preciso resgatar do fundo das reservas sentimentais inexistentes, algo que nunca existiu, amor ao próximo, aos seus próximos, aos amigos, aos necessitados, aos irmãos em afinidade e sangue.

A vida não joga cartas nem põe sorte, e repele a mentira, ela tem caminhos que retornam. As estradas caminhadas deixam registradas as pegadas, como se fizeram, e a fantasia não resolve a realidade.

Os passos dados, as condutas exteriorizadas, por ação, ou as necessitadas exteriorizar e se fizeram omitir, omissão, são o DNA da alma.

Lá estão marcados indelevelmente no livro da vida em suas páginas abertas a caminhada, que faz sorrir ou chorar.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/10/2012
Reeditado em 30/10/2012
Código do texto: T3960124
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