A Mulher de Lata
E as Virtudes Cardeais
©Soaroir de Campos
SP/SP 27/10/12
O cachorro me acordou às cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir “ciprofloxacino” para combater um ataque de mau imunodepressor,entre outros, segundo a Net, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de benefícios e 99% de possíveis danos colaterais.
Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão, fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu, ainda que toscanejando, aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e lataria, então me rendo à análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram ao me calar.
Ainda tentando me esquecer das sovinices eu me dou conta de que a temperança que nos aconselha ao domínio da vontade sobre os instintos também nos induz a nos acumpliciarmos com a violação das demais Virtudes Cardeais, principalmente a justiça que hoje mais nos amedronta do que nos avigora, quem com seus inaccessíveis e impermeáveis rábulas que nos encurralam ao cunhal da insignificância e então entregamos calados o que a nós pertence.
Resta-nos a fortaleza que criamos quando em folhas de flandres nos revestimos para manter a firmeza e a perseverar em discernir, em quaisquer circunstâncias, o certo do errado e então escolher os meios para autodefesa e a sobrevivência digna e saudável. No entanto, às vezes explodimos!
Dizem que esquecer ofensas depende da nossa memória e acabo de me lembrar de que preciso descer com o cachorro, que não age por maldade, perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.
Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...
(imagem/Google/wordpress)
Este texto faz parte do Exercício Criativo - A Mulher de Lata
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/mulherdelata.htm
E as Virtudes Cardeais
©Soaroir de Campos
SP/SP 27/10/12
O cachorro me acordou às cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir “ciprofloxacino” para combater um ataque de mau imunodepressor,entre outros, segundo a Net, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de benefícios e 99% de possíveis danos colaterais.
Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão, fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu, ainda que toscanejando, aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e lataria, então me rendo à análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram ao me calar.
Ainda tentando me esquecer das sovinices eu me dou conta de que a temperança que nos aconselha ao domínio da vontade sobre os instintos também nos induz a nos acumpliciarmos com a violação das demais Virtudes Cardeais, principalmente a justiça que hoje mais nos amedronta do que nos avigora, quem com seus inaccessíveis e impermeáveis rábulas que nos encurralam ao cunhal da insignificância e então entregamos calados o que a nós pertence.
Resta-nos a fortaleza que criamos quando em folhas de flandres nos revestimos para manter a firmeza e a perseverar em discernir, em quaisquer circunstâncias, o certo do errado e então escolher os meios para autodefesa e a sobrevivência digna e saudável. No entanto, às vezes explodimos!
Dizem que esquecer ofensas depende da nossa memória e acabo de me lembrar de que preciso descer com o cachorro, que não age por maldade, perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.
Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...
(imagem/Google/wordpress)
Este texto faz parte do Exercício Criativo - A Mulher de Lata
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/mulherdelata.htm