Relatos da minha infância
As rezas no fim da tarde
Reuniam a pequena população do vilarejo
Ora era numa casa, ora em outra,
Todos se curvavam a frente de um altar,
Terço suplicado, pai nosso rezado,
Ladainha cantada, cânticos entoados.
A noite chegava à luz de vela na sala,
Lá fora um clarão iluminava.
Era a lua que surgia cintilante no céu,
Muito esperada pela criançada.
Depois das preces um festejo,
Café com bolo ao som do acordeom,
Crianças na rua, brincadeiras ao luar,
Cantigas de rodas a noite alegrar,
Enquanto adultos causos contavam,
Fogueira aquecia, batata assava na brasa,
Sorriso franco quebrava a frieza, simplicidade no ar.
Hoje a vila é só lembrança em fotografia,
Tempo que não pode voltar,
As vantagens do progresso
Não nos enchem de alegria e paz.
As rezas no fim da tarde
Reuniam a pequena população do vilarejo
Ora era numa casa, ora em outra,
Todos se curvavam a frente de um altar,
Terço suplicado, pai nosso rezado,
Ladainha cantada, cânticos entoados.
A noite chegava à luz de vela na sala,
Lá fora um clarão iluminava.
Era a lua que surgia cintilante no céu,
Muito esperada pela criançada.
Depois das preces um festejo,
Café com bolo ao som do acordeom,
Crianças na rua, brincadeiras ao luar,
Cantigas de rodas a noite alegrar,
Enquanto adultos causos contavam,
Fogueira aquecia, batata assava na brasa,
Sorriso franco quebrava a frieza, simplicidade no ar.
Hoje a vila é só lembrança em fotografia,
Tempo que não pode voltar,
As vantagens do progresso
Não nos enchem de alegria e paz.