YES, MANAUS TEM PREFEITO, PARABÉNS!
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Com euforia – foguetório e buzinaço de carros pelas ruas – Manaus deu 65,95% dos votos para Arthur Neto, contra 34,05 para a adversária Vanessa Graziottin, derrotada pela segunda vez. Foram apurados 964.892 votos, dos quais somente 914.839 (94,81%) considerados válidos (94,81), 27.810 em branco (2,88), 22.243 brancos (2,31) e 212.880 abstenções (18,07%).
Em um verdadeiro stryke de boliche foram derrotados, de uma só vez, além da candidata “goela abaixo” Vanessa Grazziotin, também o senador Eduardo Braga, o governador Omar Aziz, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, forças políticas do Estado e de além de Lula e Dilma que vieram a Manaus fazer coro em favor da campanha da comunista convertida em evangélica, pedindo voto pelo “amor de Deus” em quem a candidata não acredita por questões ideológicas do partido PC do B, oriundo do PCB.
Não foi uma derrota humilhante e nem derrota. Manaus venceu e não existiu derrotado e nem eleito, mas quem ganhou mesmo foi a população da capital que rejeitou manobras escusas de bastidores com imposição de candidatura que o eleitor não engoliu, aliado ao “mequetrefe de Lula” em favor da candidata derrotada, a bi-prorrogação novamente da ZFM anunciada no final do ano passado durante a inauguração da Ponte Rio Negro por mais 50 anos, enfim.
Os eleitores de Manaus se redimiram na pessoa do prefeito eleito que, agora, terá que se esforçar muito para justificar os votos que recebeu do eleitorado, os foguetórios e os buzinços porque os verdadeiros problemas deverão ser enfrentados a partir do dia primeiro de janeiro de 2013. E não serão poucas as soluções prometidas em campanha: para a falta de água, o transporte coletivo complicado, as ruas que faltam ser construídas, as obras do mercado Adolpho Lisboa e do Paço Municipal, paralisadas e que já arrastam por anos, o caos total no trânsito da área das Feiras do Peixe e da Banana e a regulamentação dos estacionamentos para idosos, grávidas, portadores de necessidades e cadeirantes, que disputam vagas com caminhões estacionados em filas duplas, moto-taxistas, táxi e táxi-cargas...
O ex-senador Arthur Neto vem de uma linhagem de políticos coerentes e respeitados pelo Amazonas, também ex-senadores pelo Estado. Filho e neto de políticos, Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto, seguiu a carreira política do pai e do avô. O prefeito eleito pela segunda vez para administrar a cidade em que nasceu, “banhada pelas águas negras do rio”, militou em sua juventude pelo PCB, posteriormente filiou-se ao PMDB, do qual foi um dos fundadores.
Segundo consta em sua biografia política, Arthur Neto é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da UFRJ, tendo sido orador do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. É também diplomata de carreira, formado pelo Instituto Rio Branco.
Com o apoio do Jornal A Notícia, do empresário e também político Andrade Netto, Arthur Neto aos 33 anos disputou pela primeira vez um cargo político e ficou com a primeira suplência de deputado federal, elegendo-se ao cargo quatro anos mais tarde, aos 37 anos, sendo reeleito em 94 e 98 e foi um dos líderes do Governo FHC. Depois, foi nomeado Secretário-Geral da Presidência da República e é ex-senador pelo Amazonas. Aos 67 anos, assume pela segunda vez a Prefeitura de Manaus. Em 1988, já tinha sido prefeito de Manaus pelo PSB, aos 43 anos.