Tempo Azul (Como um livro)
Se eu pudesse dar cores aos momentos mais especiais, azul diz tudo. (Sunny L)
O Azul e o Tempo (a partir de agora)
Nada pra se acreditar, Mas o tempo não manchou o azul
Nada pra se acreditar, Mas o vento baila o mar azul
Nada pra se acreditar, Mas tá tudo azul
Nada pra se acreditar, Mas a fé tingiu o azul de anil
Nada pra se acreditar, Mas os santos rezam pro Brasil
Nada pra se acreditar, Mas você já viu
Tudo que vai rebrilhar tudo que vai renascer
Tudo que vai nos salvar sem que a gente espere
Canta pra comemorar grita pra amanhecer
Solta o choro da alegria que a paz adere
Pra se acreditar que o tempo não manchou o azul
Pra se acreditar que o vento baila o mar azul
Pra se acreditar que tá tudo azul
(Oswaldo Montenegro)
Nada pra se acreditar, Mas o tempo não manchou o azul
Nada pra se acreditar, Mas o vento baila o mar azul
Nada pra se acreditar, Mas tá tudo azul
Nada pra se acreditar, Mas a fé tingiu o azul de anil
Nada pra se acreditar, Mas os santos rezam pro Brasil
Nada pra se acreditar, Mas você já viu
Tudo que vai rebrilhar tudo que vai renascer
Tudo que vai nos salvar sem que a gente espere
Canta pra comemorar grita pra amanhecer
Solta o choro da alegria que a paz adere
Pra se acreditar que o tempo não manchou o azul
Pra se acreditar que o vento baila o mar azul
Pra se acreditar que tá tudo azul
(Oswaldo Montenegro)
Meu filho número um nasceu exatamente no dia do começo da primavera. Dois grandes olhos, uma inteligência já marcante desde bebê. Muito curioso e introspectivo, não me perguntava nada, mas desmontava tudo que achava. Queria descobrir os mecanismos de pequenos objetos. Um rádio tornava-se um amontoado de peças espalhadas e nunca mais eram recolocadas. Sua curiosidade fez com que a peça se tornasse apenas um quebra cabeças. Eu simplesmente adorava a ânsia da descoberta do mundo de meu filho. Entretanto, de um velho rádio do também velho fusca, ele montou uma caixa de som que me acompanha, capenga, desde que era adolescente. A madeira está gasta, cheia de manchas, mas eu não abro mão de tê-la e está em lugar de destaque no meu cantinho. Meus filhos fazem parte do meu tempo azul.
O tempo azul da vida de cada um de nós é guardado para sempre. São as lembranças que nunca sairão, mesmo que envelheçamos. Cheiros, cores, lugares, nos fazem lembrar situações agradáveis, vivenciadas em algum tempo de nossas vidas. Alguns momentos são tão marcantes que passamos a relembrá-los em detalhes, como se fosse um ritual. Para mim, este ritual ainda existe. Ao contrário da maioria das pessoas, não faço planos para o dia seguinte. Quando acordo é que penso no que vou fazer, além do trabalho normal de cada dia e funciona muito bem. De noite, depois que me aninho em meus lençóis e travesseiros, eu penso no meu tempo azul.
Este tempo não precisa ser necessariamente do passado, mas de situações agradáveis vividas recentemente. Pensar no que me marcou de forma positiva me impulsiona para frente. Pensar em coisas tristes e que me machucaram muito não me acrescenta muita coisa; só me trazem lágrimas. Meus olhos ficam sem cor quando eu choro. Eu sou muito determinada a impedir que eles percam a cor. Estou entrando na idade de maturidade total. Mesmo que ainda possa conhecer e aprender muito do mundo, consegui juntar o conhecimento de um pouco de cada coisa. Muitas vezes penso como eu posso ter me tornado esta mulher que sou, sem nunca ter tido um apoio real de ombro seguro; ou, se o tive, foi tão raro que consigo contar nos dedos as poucas vezes que eu me senti muito segura.
O meu tempo azul ainda existe e está tomando nova forma, muito mais bonita e verdadeira. É real na presença de Nina, a cachorrinha que vela o meu sono, que me olha com amor e respeito; no trabalho que tenho e cuja dedicação é irrestrita e trazem-me sorrisos todos os dias; nas minhas conversas com a minha irmã Nega, quando ela também está alegre; quando eu posso pensar na possibilidade de ter o ombro que ainda espero ter e que existe em plenitude agora; nos meus escritos, mesmo que sejam somente para mim, que ninguém os leia. Não gosto de competição e esta é uma das razões que eu me afasto definitivamente de situações que me levam a competir, aparecer, viver de vaidade e achar que situação social muda a cor da aura das pessoas.
Não suporto gente que vive de aparências, que se utiliza de posição social para conseguir seus intentos. Odeio quem usa o próximo para aparecer perante os mais necessitados – e disso o mundo está cheio. Fico extremamente triste quando reencontro alguém do meu passado e finge que nunca me viu antes. Fico exageradamente alegre com coisas simples, como comer pipoca no cinema ao lado de quem eu goste demais – e este alguém pode ser eu mesma. Cada atitude que acrescenta e não diminui me faz feliz.
Meu tempo azul! Como é primavera, posso pincelar este quadro com algumas outras cores – verde, vermelho, rosa, amarelo, branco... Vai ficar lindo o meu quadro!
Texto revisado e que me trouxe muitas lembranças azuis.
O tempo azul da vida de cada um de nós é guardado para sempre. São as lembranças que nunca sairão, mesmo que envelheçamos. Cheiros, cores, lugares, nos fazem lembrar situações agradáveis, vivenciadas em algum tempo de nossas vidas. Alguns momentos são tão marcantes que passamos a relembrá-los em detalhes, como se fosse um ritual. Para mim, este ritual ainda existe. Ao contrário da maioria das pessoas, não faço planos para o dia seguinte. Quando acordo é que penso no que vou fazer, além do trabalho normal de cada dia e funciona muito bem. De noite, depois que me aninho em meus lençóis e travesseiros, eu penso no meu tempo azul.
Este tempo não precisa ser necessariamente do passado, mas de situações agradáveis vividas recentemente. Pensar no que me marcou de forma positiva me impulsiona para frente. Pensar em coisas tristes e que me machucaram muito não me acrescenta muita coisa; só me trazem lágrimas. Meus olhos ficam sem cor quando eu choro. Eu sou muito determinada a impedir que eles percam a cor. Estou entrando na idade de maturidade total. Mesmo que ainda possa conhecer e aprender muito do mundo, consegui juntar o conhecimento de um pouco de cada coisa. Muitas vezes penso como eu posso ter me tornado esta mulher que sou, sem nunca ter tido um apoio real de ombro seguro; ou, se o tive, foi tão raro que consigo contar nos dedos as poucas vezes que eu me senti muito segura.
O meu tempo azul ainda existe e está tomando nova forma, muito mais bonita e verdadeira. É real na presença de Nina, a cachorrinha que vela o meu sono, que me olha com amor e respeito; no trabalho que tenho e cuja dedicação é irrestrita e trazem-me sorrisos todos os dias; nas minhas conversas com a minha irmã Nega, quando ela também está alegre; quando eu posso pensar na possibilidade de ter o ombro que ainda espero ter e que existe em plenitude agora; nos meus escritos, mesmo que sejam somente para mim, que ninguém os leia. Não gosto de competição e esta é uma das razões que eu me afasto definitivamente de situações que me levam a competir, aparecer, viver de vaidade e achar que situação social muda a cor da aura das pessoas.
Não suporto gente que vive de aparências, que se utiliza de posição social para conseguir seus intentos. Odeio quem usa o próximo para aparecer perante os mais necessitados – e disso o mundo está cheio. Fico extremamente triste quando reencontro alguém do meu passado e finge que nunca me viu antes. Fico exageradamente alegre com coisas simples, como comer pipoca no cinema ao lado de quem eu goste demais – e este alguém pode ser eu mesma. Cada atitude que acrescenta e não diminui me faz feliz.
Meu tempo azul! Como é primavera, posso pincelar este quadro com algumas outras cores – verde, vermelho, rosa, amarelo, branco... Vai ficar lindo o meu quadro!
Texto revisado e que me trouxe muitas lembranças azuis.