MANGA VERDE, GENTE MADURA.
Por Carlos Sena
Quando a gente chupa uma manga, por exemplo, dificilmente tira desse ato simples e corriqueiro lições além dele. Acho que a natureza nos rodeia cheia de ensinamentos, embora nem sempre nós humanos, tenhamos condições de captá-los. Tomando o exemplo da manga, ela é daquelas frutas que ou você a chupa “no ponto” ou não chupa. Certo que há quem goste dela meio “de vez”, mas não é das exceções que queremos tratar. Manga boa é no ponto. Antes disso ou ela trava – ainda meio verde; ou ela azeda – já passada de madura. Ora, direis, mas onde está o ensinamento? A lógica disso é ávida, o movimento do mundo, da energia cósmica, da fé e do que mais se tenha compreensão nesse patamar. Voltando a manga: quando a gente pega uma manguinha madura, no ponto, nem imagina o tempo exato que nela se instalou para que ela ficasse tão gostosa para nos acalentar o paladar. A manga sabe esperar o seu melhor momento, nós, humanos, nem sempre. É nesse aspecto que precisamos evoluir mais; compreender mais os sinais que nos cercam; permanecer mais plugados nos acontecimentos que os olhos nem sempre veem, mas o coração precisa sentir.
Na condição de frágeis seres, os homens, talvez movidos pela sociedade de consumo que estimula a cultura do “tudo tem que ser agora” e do “só vale o que eu vejo”, nem sempre se ligam no movimento cósmico e cármico que nos circunda. Sempre estamos querendo tudo a tempo e a hora, mas o tempo e a hora não nos dispõem suas lições sem que o ritual deles seja cumprido. Algo como: a gente perde um amor e faz tudo para reconquistar e não consegue. Belo dia, sem que você espere, um movimento estranho te coloca frente a frente daquela pessoa que você ama e vocês se acertam. O contrário é igualmente verdadeiro, porque aos humanos só é permitido o entendimento dos fatos no tempo dos fatos não nos nossos tempos. Esperar! Eis uma coisa que nós, homens, não gostamos de fazer. Pelo menos não temos essa prática incutida em nosso dia a dia.
A maga é um pouco disso. Ela fica no seu canto quieta até que o tempo lhe permita o amadurecimento. Os homens amadurecem diferentes dela, mas com alguns pontos em comum. O diferencial é que a maga (frutas no geral) não é gente, mas como se isso fosse pode nos lembrar dessa lição – a lição do tempo das coisas e dos sentimentos! Inevitavelmente, falar de tempo conduz falar de paciência e de exercício em seu nome. Não se é paciente do dia pra noite. Talvez o ser paciente seja mais sintonizado com os “mundos” que nos cercam tão cheios de mistérios. Afinal, “há mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia possa imaginar”... Independente de acreditar ou não, de ser ou não, a doutrina espírita nos alerta para essas evidências que o milênio nos tem convidado a compreender. A nós, seres humanos frágeis e tão cheios de preconceitos e rancores, resta o próprio tempo que, aos poucos nos vai jogando na cara as evidências. Portanto, diante das naturais dificuldades da vida, façamos bem feito a nossa parte. Contudo, a “NOSSA PARTE” mesmo bem feita jamais irá sozinha completar um processo de ação que almejamos. É aí que entra o tempo (o mesmo da manga) que tem seu próprio movimento e nos ignora, até como que nos dando mais essa lição.
Por Carlos Sena
Quando a gente chupa uma manga, por exemplo, dificilmente tira desse ato simples e corriqueiro lições além dele. Acho que a natureza nos rodeia cheia de ensinamentos, embora nem sempre nós humanos, tenhamos condições de captá-los. Tomando o exemplo da manga, ela é daquelas frutas que ou você a chupa “no ponto” ou não chupa. Certo que há quem goste dela meio “de vez”, mas não é das exceções que queremos tratar. Manga boa é no ponto. Antes disso ou ela trava – ainda meio verde; ou ela azeda – já passada de madura. Ora, direis, mas onde está o ensinamento? A lógica disso é ávida, o movimento do mundo, da energia cósmica, da fé e do que mais se tenha compreensão nesse patamar. Voltando a manga: quando a gente pega uma manguinha madura, no ponto, nem imagina o tempo exato que nela se instalou para que ela ficasse tão gostosa para nos acalentar o paladar. A manga sabe esperar o seu melhor momento, nós, humanos, nem sempre. É nesse aspecto que precisamos evoluir mais; compreender mais os sinais que nos cercam; permanecer mais plugados nos acontecimentos que os olhos nem sempre veem, mas o coração precisa sentir.
Na condição de frágeis seres, os homens, talvez movidos pela sociedade de consumo que estimula a cultura do “tudo tem que ser agora” e do “só vale o que eu vejo”, nem sempre se ligam no movimento cósmico e cármico que nos circunda. Sempre estamos querendo tudo a tempo e a hora, mas o tempo e a hora não nos dispõem suas lições sem que o ritual deles seja cumprido. Algo como: a gente perde um amor e faz tudo para reconquistar e não consegue. Belo dia, sem que você espere, um movimento estranho te coloca frente a frente daquela pessoa que você ama e vocês se acertam. O contrário é igualmente verdadeiro, porque aos humanos só é permitido o entendimento dos fatos no tempo dos fatos não nos nossos tempos. Esperar! Eis uma coisa que nós, homens, não gostamos de fazer. Pelo menos não temos essa prática incutida em nosso dia a dia.
A maga é um pouco disso. Ela fica no seu canto quieta até que o tempo lhe permita o amadurecimento. Os homens amadurecem diferentes dela, mas com alguns pontos em comum. O diferencial é que a maga (frutas no geral) não é gente, mas como se isso fosse pode nos lembrar dessa lição – a lição do tempo das coisas e dos sentimentos! Inevitavelmente, falar de tempo conduz falar de paciência e de exercício em seu nome. Não se é paciente do dia pra noite. Talvez o ser paciente seja mais sintonizado com os “mundos” que nos cercam tão cheios de mistérios. Afinal, “há mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia possa imaginar”... Independente de acreditar ou não, de ser ou não, a doutrina espírita nos alerta para essas evidências que o milênio nos tem convidado a compreender. A nós, seres humanos frágeis e tão cheios de preconceitos e rancores, resta o próprio tempo que, aos poucos nos vai jogando na cara as evidências. Portanto, diante das naturais dificuldades da vida, façamos bem feito a nossa parte. Contudo, a “NOSSA PARTE” mesmo bem feita jamais irá sozinha completar um processo de ação que almejamos. É aí que entra o tempo (o mesmo da manga) que tem seu próprio movimento e nos ignora, até como que nos dando mais essa lição.