BRIGAS DE AMOR...

Por Carlos Sena


 
Nenhuma relação entre humanos é perfeita. Nós, portanto, erramos muito quando não queremos acertar na vida como um todo e no amor no particular. A gente erra na vida e conserta. Erra de novo e conserta. Mesmo quando não dá pra consertar é porque consertado já está. No amor, nem sempre a gente tem essa compreensão. Amor que muitos chamam de bem querer, de apenas “gostar” – talvez por medo, por machismo, por timidez, nem sei mais o que. Fato é que na vida a gente tem é que viver intensamente sem querer ser dos outros professores, mas entendendo que sempre seremos da vida eternos aprendizes. Falam que “seguro morreu de velho”, mas também falam que o amor é tudo. Falam que longe é um lugar que não existe, mas não nos falam que o amor é a menor distância que existe entre o homem e Deus.
Do que falam não nos assustemos – só o amor é pleno, mesmo que dure pouco ou que seja infinito em seu existir. Do que falam a gente já sabe, mas façamos que não sabemos de nada. Afinal, cada pessoa carrega em si o dom de ser feliz. Se um dia elas disserem que não conseguiram, ninguém vai chorar por elas esse infortúnio que é ter passado pela vida feito espermatozoide ambulante. Mas, se você conseguiu, alvissaras! O mundo não precisa saber que você ama ou se ama ou quem ama. Nada de rótulos define o sentimento que o mundo não vive sem ele. Assim, diante do seu amor, seja tudo. Não precisa ter medo de ser abandonado nem de abandonar: o princípio do ser está no fato de que nós, humanos, temos que abolir o preconceito, o machismo, a palavra empenhada, se quisermos ser plenos no amor. Errar? Quem não erra? Perdoar, quem dera! Rancor e egoísmos são os dois grandes inimigos do amor porque são incitadores de desilusões. Qualquer desatenção faça não. Pode ser a gota d’água. Pode não ter perdão.