CRÔNICAS DE MINHA ALMA
 
EM TUA PRESENÇA, SENHOR...
 
 
Senhor, quem és tu para mim? Tu és meu Deus, tu és meu tudo, meu porto seguro onde encontro a segurança. Porque para mim, Senhor, viver é te amar, pois sem teu amor o que eu sou? O que tenho? Para onde vou? Na verdade, não sei nem o que pensar, caso me separe de tua Sabedoria. Pois não existe vida onde tua Sabedoria não está presente. Aqui em meio às tuas criaturas, tudo passa, porém, rumo em direção a Ti. Porque, em tua Sabedoria eterna, tudo o que criastes destinastes à eternidade, conforme os teus desígnios de amor. Eis que em tua providência tudo sustentas e governas, porque sem a tua presença, nada do que criaste é por si mesmo.
 
Sim, Senhor, sem a tua presença, não existe unidade, não existe comunhão. Sem a tua presença, os homens não se entendem. E por que isso? Porque te abandonaram, deixaram a verdade de lado e se enredaram no caminho da mentira onde só existe cobiça, ira, malignidade, brigas, paixões desordenadas, vícios, escravidão, violência, infelicidade, dor, morte, etc. Pois, onde se implanta o reino da mentira, se extingue a vida. E isto só acontece nas almas que não te amam, e por isso não te obedecem, e assim seguem rumo ao caos.
 
Que tu, Cristo, dulcíssimo Salvador nosso, te dignes acender nossas lâmpadas, de modo a refulgirem para sempre em teu templo, receberem perene luz de ti, que és a luz perene, para iluminar nossas trevas e afugentar de nós as trevas no mundo. Entrega, rogo-te, meu Jesus, Pontífice das realidades eternas, tua luz à minha candeia, para que por esta luz se manifeste a mim o santo dos santos que te possui, ali entrando pelos umbrais de teu templo magnífico, e onde somente e sem cessar eu te veja, te contemple, te deseje. Esteja eu apenas diante de ti, amando-te, e em face de ti minha lâmpada sempre resplandeça, se abrase”. (São Columbano).
 
Ó Senhor, não quero sair nunca de tua presença; quero sim, permanecer em Ti, é o que te peço, suplico, imploro; porque viver sem ti, Senhor, só nos causa desgosto, desconforto, porque equivale a não te amar, não te querer, não te adorar; não fazer parte de tua obra salvífica, do teu reino de amor, da verdadeira liberdade, da vida que não tem fim. Pois como Senhor viver sem ti, que és a vida? Como Senhor seguir sem ti, que és o caminho? Como crê Senhor sem ti, que és a verdade? Realmente não dá nem pra pensar nisso, pois viver na tua presença é tudo que precisamos para completares em nós a obra que começastes. Portanto, assim te pedimos, leva a cabo Senhor tua obra redentora, cumpre totalmente em nosso favor o teu plano salvífico como o dispuseste em teu querer benevolente, para a tua maior glória e nossa redenção. Amém! Assim seja!
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando,OFMConv.