As Fases

Quando o amor foi diagnosticado as pessoas passaram a ter crises nervosas e existenciais, só o que preocupava e preocupa até hoje é a vontade gritante de saber o que o outro, quase sempre do sexo oposto está fazendo. Claro que entre estes dois seres há de existir intimidade e olhares no mínimo de interesses carnais, não é necessário que se tenta um relacionamento ou algo que seja assinado muito menos dito, vejam por si só que o que realmente vale é o coração ou algo mais relacionado a fome mesmo.

Quando direcionamos ao coração, esse implanta a idéia em um dos parceiros, que seu companheiro está com outras pessoas em algum lugar que essa deveria estar sabendo com antecedência e até mesmo justificativa, em outras palavras, a pessoa que deseja saber está com sintomas de puro ciúmes, aquele que chega antes do amor para tentar alertar o que de fato está para acontecer, pode ser comparado ao “chato da festa”, que chama todo mundo para ir embora antes do final por que acredita que ninguém está interessado na sua pessoa, chega a ser triste essa situação. À principio o ciumento ou a ciumenta não admite, mas está claro para todos que ta rolando um sentimento.

Já na segunda fase do romance, o celulares de ambos são constantemente vibrados pelo enorme trafego de sms´s, com perguntas como: “aonde vc tá?”, “com quem?”, “fazendo o que?”. Criando um ambiente de intimidade entre o casal.

Na terceira fase ou "prova dos nove" como eu gosto de chamá-la, acontece após vários sms´s trocados, declarações, palavras de afeto e intimidades carnavalescas, nessa fase é colocado a prova o sentimento de ambos, pois o ciúmes volta a atacar e tenta alertar os indivíduos de que algo estar por vir, melhor para ambos ou diga-se de passagem algo extremamente ruim para um deles. Sem muitas alternativas dominados pela fome e a vontade de comer, ambos sedem a todas as ordens e a todas as chantagens emocionais, não conseguindo ordenar os pensamentos e caindo em desconfiança quando um deles simplesmente não retorna uma ligação ou não atende o celular; esse sentimento surge constantemente quando descobre-se que um dos dois mentiu ou omitiu alguma informação que quem deseja saber julga importante estar registrado no convívio do casal.

Nasce então algo degenerativo e pertinente que muitas vezes leva a lugares escuros e solitários. A não aceitação em admitir que o parceiro já não sente atração o suficiente para ficar “junto”, é a mesma coisa que “levar um soco” ou um “tapa televisivo” na cara; iguais aqueles dados em novelas com fundo musical de suspensa ou drama. A mesma desconfiança que leva pessoas ao declínio psicológico e pessoal leva outras a ter experiências amorosas, que por sua vez cria um escudo que ajudará o pobre coitado ou a meiga donzela em uma próxima aventura amorosa.

Mas como o velho ditado diz; “onde há fumaça há fogo”, não devemos duvidar da voz do povo, é necessário checar as eventuais circunstancias e “ver pra crer”, constatar que aquilo realmente não passa de um mal entendido ou de fato está acontecendo algo de errado. Caindo nesse ambiente a quarta fase é deixada para trás, poderíamos chamá-la de paixão ou até amor para alguns, só que sabemos que paixão e amor são coisas altamente distintas e próximas ao mesmo tempo, o que é compreensivo pois uma leva a outra, só que o amor dura mais é claro. Nessa fase as perguntas são freqüentes e geralmente em tom de voz alterado, os sms´s que antes afloravam sorrisos passam agora a incomodar e irritar à ambos.

A quinta e ultima fase poucos descobriram, muitos falam sobre e quase ninguém acredita na sua existência, mas ha quem diga que o amor vence sempre e quando ele chega é pra sempre. (PdV. Danilo H.)