Acordei, tomei uma xícara de café com um pedaço de bolo de aipim e, num gesto automático, liguei o computador. Esta é minha rotina diária.
Ontem fiquei sem internet o dia todo porque tinha manutenção na minha rede. Aproveitei esta libertação do virtual e fiz outras coisas.
Fui ao shopping, fiz as unhas, vi as vitrines coloridas, falei com os vendedores, lavei o carro, arrumei gavetas. Fui ao banco pagar os compromissos direto no caixa, mesmo que apenas eletrônico. Limpei o vidro do forno, adorei o resultado. Recomecei a bordar aquela toalha de mesa abandonada.
Olhei pro ícone da conexão e vê-lo com sinal excelente me deixou feliz. Imediatamente, abri o Facebook. Com a página aberta, entendi a automação deste gesto e o que significa pra mim:
VISITAR as pessoas queridas, saber delas, revê-las em suas fotos atuais com seus novos cortes de cabelo.
É ... Vivemos mesmo um outro contexto social...
Me lembrei dos nossos passeios, meus pais colocando os 6 filhos na Rural, todos de banho tomado, com suas roupas de domingo, indo na casa da vovó ou dos tios ou dos amigos, todos juntos. Gostava mais deste tempo ;)
Entendi que o Facebook é o telefonema que não damos, o ir na casa dos amigos, é o bate-papo no bar, a conversa na calçada... É este sentimento de encontro, de conversas, de trocas, de r-e-u-n-i-ã-o !
... Aceita um café, um suco, uma água?... Olha fiz um bolo de aipim com côco, está uma delícia, quer um pedaço??...