SÁBADOS

Belas recordações dos sábados matinais quando eu era acordado com um beijo com sabor de hortelã, um bom dia sussurrado aos meus ouvidos e o meu café era servido na cama, entre bolachas, pão com manteiga e alguns sorrisos de felicidade ouvia ao longe alguns pássaros cantando e o burburinho de carrinhos de feira passando com as donas de casa indo à feira.

Não sabia se agradecia ou chorava, pois tudo aquilo era muito estranho ao meu cotidiano e o relacionamento tinha começado naqueles dias e ficava pensando: “Esta mulher deve gostar demais da minha pessoa” e lá estava eu a degustar o delicioso café pausado entre algumas perguntas sobre a minha semana e sorrisos alvos que iluminavam todo o quarto.

Depois de demorados minutos degustando o meu café matinal, ela saia do quarto e ia até a sala e colocava um disco do Roberto Carlos na vitrola e todo o romantismo invadia a casa.

Levantava-me e ia preparar minha mochila para jogar bola num campo de futebol perto de casa, era uma “pelada” que todos os sábados acontecia num campo de várzea e eu adorava ir até lá dar alguns despretensiosos chutes na surrada bola de capotão, pois jogar futebol mesmo eu não sabia, era apenas a felicidade de encontrar velhos amigos de infância que eu tinha deixado de vê-los por muito tempo.

Após o jogo sempre acontecia um churrasco que era saboreado com muitas cervejas, vários sorrisos e muita alegria entre nós amigos de infância.

Era hora de voltar para o meu novo lar e colocava minha mochila nas costas e caminhava lentamente, sempre observando as pessoas que pareciam não ter pressa com nada, pois os sábados são feitos para isto: Não ter pressa.

Chegava em casa, apertava a campainha e era recebido com os braços abertos e notava que tudo estava cheirando muito gostoso, a casa limpinha e o Roberto Carlos ainda continuava a cantar, mas minha maior surpresa era quando a mesa era arrumada e minha amada pedia para eu fechar os olhos que tinha uma gratificante e deliciosa surpresa para mim: Fechava os olhos e após alguns segundos eu os abria e lá estava o meu presente: Uma Feijoada!

Não me continha, levantava e dava um carinhoso abraço e um beijo na amada e lá estávamos nós a saborear a deliciosa feijoada e ainda sentindo o aroma agradável da casa toda limpinha. Belas recordações: Café na cama, Futebol de várzea, Faxina na casa e escutar Roberto Carlos.

LUCASI
Enviado por LUCASI em 22/10/2012
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