CARMINE’S

São Paulo, em minha opinião, é a única cidade no mundo, que pode fazer frente a New York (escrevo assim, por entender mais fácil do que aportuguesado), sob o aspecto de restaurantes, tanto em número, quanto às espécies de cozinhas.

Em ambas as cidades, acredito não haver um país que não esteja representado.

Não sou uma autoridade para falar de cátedra sobre isso, pois, apenas, leio muito a esse respeito, nas oportunidades que se me apresentam, bem diferente daqueles que são frequentadores assíduos de restaurantes.

Estive em New York por três vezes. Na primeira, por volta de 1990, foi uma passagem rápida, de uns dois dias, mais para conhecer a famosa metrópole em seus lugares famosos, como o Central Park, o Píer 17, o Soho, a Quinta Avenida, a China Town. Estávamos, eu e a Iara, de passagem para Houston, onde morou o Felipe, para visitar os pais americanos dele, em agradecimento pela acolhida.

A segunda, já citada em outra crônica, foi a que antecedeu o passeio ao Canadá, em 1994. Aquela em que, minha mala, foi surrupiada do bagageiro do ônibus. Nessa ocasião, abrimos um pouco o leque, indo assistir peças de teatro, comer em determinados restaurantes, saindo das tradicionais redes de fast foods.

Estivemos na Little Italy, o pedaço italiano da Big Apple. Se vocês se recordam, era o tempo da Copa do Mundo. As ruas do bairro todas enfeitadas com as bandeirolas nas cores da Azzurra, num clima de tremenda festa. A Itália caminhava bem na Copa. E, nem parecia que estávamos nos EUA. Ali almoçamos numa das cantinas. Havia tantas, nem para decorar o nome deu. Se bem que, nada de especial nos fez gravá-lo. Comida normal.

No jogo do Brasil e Holanda, sem dúvida fomos à 46ª St., a rua dos brasileiros, como é conhecida, que não chega nem aos pés, em comparação com o núcleo do país da bota. Ali se encontram algumas coisas, em matéria de comida, típica de nosso País. Naquele dia, o ambiente era de muita alegria, em vista do resultado do jogo. Um a zero para o Brasil. Destoou, um pouco, a manifestação política de um grupo, adepto do partido da estrela vermelha, com o 13, contra o governo brasileiro. Fora de hora.

New York tem, também, a sua rua José Paulino, a Orchard Street, se bem que, igualmente tomada pelos coreanos.

Fomos assistir o Fantasma da Ópera. Um espetáculo inesquecível. A música é a minha preferida, até hoje. Os atores/cantores, os trajes, os efeitos de luz, os cenários, tudo de uma beleza deslumbrante. Apesar de meus parcos recursos quanto ao idioma, esse aspecto tornou-se secundário ante ao espetáculo apresentado.

Terminada a peça, logicamente, a fome era imensa. Quase defronte ao teatro, vislumbrei um restaurante que, pelo nome, já me conquistou. Carmine’s. Lembrei-me do velho armazém do Carmine Rossini, que abordei numa crônica sobre as antigas “vendinhas” de minha época de criança.

Ao entrar no Carmine’s, então, me apaixonei. Uma enorme cantina italiana chique, com um grandioso bar separado pelo balcão de madeira escura, muito bonito. Se há coisa que me agrada em bares, restaurantes, é o balcão. Prefiro-os às mesas. Lotado. O ambiente pleno de gente bonita. Acomodados numa mesa, logo foi servido o delicioso couvert, acompanhado de cesta dos mais variados tipos de pães, quentinhos, uma delícia! Estando em três pessoas, Iara, Felipe e eu, e não sendo pratos individuais, pedimos um spaguetti com frutos do mar. Serviram uma travessa enorme, inclusive, com lagosta. Simplesmente delicioso, e mesmo com a repetição pelos três, ainda sobrou, tal a quantidade.

O Carmine’s entrou no meu roteiro. Voltei lá, por diversas vezes.

Para todas as pessoas que indiquei, os comentários foram de aprovação. Muitos o elegeram como o melhor. Para mim é.

Se houver oportunidade, não deixem de ir!

See you late!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 21/10/2012
Código do texto: T3944858
Classificação de conteúdo: seguro