O REGADOR

Pieguice, otimistas sem ser desenfreados, clichês banais,...tontice mesmo. E, no entanto certas formas de amor existem. seriam..primos do amor, lasquinhas do amor, amor nos gestos do quotidiano. Que pode ser o socorro ao estranho que caiu na calçada, uma festa chatérrima que fica alegre num de repente, emprestar um vestido para alguém ficar bonita, cantar canções todos juntos, um despretensioso abanar de rabo de um vira-lata, ser bom ouvinte, pode ser um afago no rosto de alguém que, absolutamente, não compreendemos,passar a roupa para a amiga com problema de coluna, regar um planta feia e sofrida e vê-la crescer, fazer um desenho para a mãe, ouvir com atenção o rock progressivo que o filho tanto curte,; se nossa alma levitasse com Brahms, Sibelius, Machado de Assis, Érico Veríssimo, Milton Nascimento, El Greco? Se ignorássemos com surpresa de menino porque a vespa é tão mal humorada, o gato que, tão indiferente, esconde o cocô que faz, porque a borboleta é tão, tão distraída? O amor. Quando a alma tira o RG. Caminha o homem enquanto aqui viveres, mesmo que, por vezes, em total desarmonia. Amor...mola e motor, jato e ...regador.

Vosmecê
Enviado por Vosmecê em 21/10/2012
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