AS FESTAS JUNINAS!

AS FESTAS JUNINAS!

Santo André, em junho, se torna uma verdadeira cidade em festa!

Ao citar nas minhas duas crônicas em que falo de praças de igreja, A Igreja Rosa e A Praça é do Povo, desde os áureos tempos de minha infância as gostosas quermesses que as mesmas promovem, nada mais verdadeira a afirmação ali de cima.

Referi-me a duas praças, porém, as igrejas que conheço, todas realizam esse tipo de festa.

Na realidade, são festejos em que se comemora a data dos três famosos santos: Santo Antonio, no dia 13, o idolatrado santo casamenteiro, São João, no dia 24 e São Pedro, aos 29 de junho.

Todavia, não é somente nas praças de igrejas. Agora mesmo, no Primeiro de Maio, meu vizinho clube, enquanto escrevo estas bem traçadas linhas (por que mal?), o faço ao som das tradicionais músicas tocadas na base da sanfona, e sentindo os cheirinhos do quentão, e do churrasquinho. E, sei que, também, em outros clubes da cidade, correm soltas tais festas.

Mas, as recordações são muitas. Durante os 10 ou 12 primeiros anos de vida, como já falei muitas vezes, Santo André era uma típica cidade do interior. Pacata, meia dúzia de indústrias, no máximo. Então, como as cercanias da cidade era mato, onde geralmente eles caiam, não havia tanto perigo de balão. Pegá-los caindo era uma das diversões. Hoje, há lei penal punindo o soltar balão. Os fogos de artifício, principalmente o busca-pé, os biribas, faziam a nossa alegria.

Costumávamos ir a uma festa na casa do meu tio avô Maneco Teco. Teco era o apelido de todos os Lima antigos. Era filho da bisavó Gertrudes de Lima, nome de uma das principais ruas de Santo André.

Sempre no dia de São João. Então, todos falavam que iam levantar o mastro do santo.

Já adulto, em 1962, fui a uma festa caipira na casa de menina que paquerava jovem amigo meu. Era o dia 09/06 daquele ano. Ali conheci a Iara. Uma semana depois, no Moinho São Jorge, um grande moinho de trigo de Santo André, onde havia um salão magnífico, muito chic, apelidado de Palácio de Mármore, se realizava uma festa tradicional chamada Baile da Pipoca. Combinei com a Iara e fomos ao mesmo. Ali começou nosso namoro, que resultou no casamento. Abro um parêntesis.

Sobre o Palácio de Mármore, tenho uma história muito interessante. É bom que se diga que ele era um local disputadíssimo, sempre com grandes eventos. Ficava na cobertura do Moinho. Nos anos 60, esteve lá, uma figura real, o Imperador da Etiópia Haillè Selassiè, num almoço oferecido pelo Governo de São Paulo. Pois bem, durante o almoço, Sua Majestade recebe um telefonema da Etiópia. Estava ele sendo deposto, justamente por um primo, que liderou a revolta para destroná-lo. Deixou o almoço, e retornou a seu país naquele dia.

E, me parece, conseguiu ele a retomada do poder. Fecho o parêntesis.

Hoje, sábado, Dia dos Namorados, fui à festa da escola do meu neto Murilo, onde ele dançaria a quadrilha. Nos estabelecimentos de ensino, também, é costume haver as festas juninas.

Essa demonstração de costume típico do brasileiro do interior é muito gostosa. Além do churrasco no pão com vinagrete, temos as delícias como o pinhão, a pipoca, o curau, a pamonha, a espiga de milho, o pé de moleque.

Tudo muito bom! Mas, para um diabético...!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 21/10/2012
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