AVENIDA BRASIL

RESENHA

Essa novela veio provar quando uma vez escrevi em resenha que, de cada 10 obras literárias, 9 tem fundamentos freudianos.

Ora, essa novela foi toda fundamentada no trauma e na culpa. Freud e Dostoievski como influências diretas. Apesar de o João Emanuel ter feito a linha anti-freudiana , em vez do filho homem querer matar o pai pra “casar” com a mãe e a filha mulher matar a mãe pra “casar” com o pai. Mostrou ele, que, dependendo do trauma, é o contrário. Carminha com nojo e ódio de Santiago e Jorginho com nojo e ódio de Carminha. Isso serviu para o João Emanuel mostrar à alma do Freud que ele era um tapado.

O jogo de culpas também foi bem massa! Carminha ter tido logo peso na consciência e se entregado. Coisa altamente “Crime e Castigo” do tio Dostoievski. Mas vacilei, pus no bolão que quem tinha matado Max tinha sido Jorginho e Carminha se entregou pra inocentá-lo.

No fundo, no fundo, João Emanuel preferiu seguir a linha Ágata Christie: todos pensando que o assassino não seria a pessoa mais óbvia, desde que foi.

(Resenha sobre a novela “Avenida Brasil”).