Escravo de si
Escravo de si não se sente livre em lugar nenhum. Seu julgamento sempre o condena, sua existência leva consigo apenas o canto lamentoso dos gemidos. Todas as coisas têm a aparência da sua amargura e o reflexo da sua escuridão. A luz de seus olhos só ilumina o seu fim, enquanto seus pés têm passos abaixo de sua auto-estima, suas mãos estão firmes na expressão lânguida de um movimento qualquer. No entanto, a mais singela insinuação da natureza não o inspira alegria, alegria que chora num peito escravo.
E vive seus dias sepultando o que há de melhor em si, alimentando a natureza morta de seus pensamentos perversos. Sua liberdade está só no caminho insondável atado à sua carne fatigada...