Escravo de si

Escravo de si não se sente livre em lugar nenhum. Seu julgamento sempre o condena, sua existência leva consigo apenas o canto lamentoso dos gemidos. Todas as coisas têm a aparência da sua amargura e o reflexo da sua escuridão. A luz de seus olhos só ilumina o seu fim, enquanto seus pés têm passos abaixo de sua auto-estima, suas mãos estão firmes na expressão lânguida de um movimento qualquer. No entanto, a mais singela insinuação da natureza não o inspira alegria, alegria que chora num peito escravo.

E vive seus dias sepultando o que há de melhor em si, alimentando a natureza morta de seus pensamentos perversos. Sua liberdade está só no caminho insondável atado à sua carne fatigada...

Adoxus
Enviado por Adoxus em 19/10/2012
Reeditado em 26/11/2015
Código do texto: T3940844
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