O lunático NEYMAR.
Utilizo esse espaço para declarar minha idolatria ao craque santista.
O Neymar, como jogador e como ser humano, está quebrando várias teorias que perambulam pela mídia, quando alguns atletas se queixam de estafa ou de acúmulos de jogos.
É verdade que hoje as facilidades de locomoção aproximam os povos e os países, mas, convenhamos, faz tempo que não vimos alguém jogar na terça-feira na Polônia e depois jogar na quarta-feira no Brasil e exibir excelente condição física. Não só isso. Protagonizar mais uma ‘pintura’ de gol. Mais uma arte na carreira. Só mesmo o lunático Neymar, do Santos, para apresentar aos torcedores uma faceta tão incomum como essa.
É por isso que o treinador Muricy também vem expondo sua idolatria ao jogador Neymar. Muricy vem defendendo costumeiramente o ídolo, porque alguns ainda veem na sua performance algo de danoso para o futebol. Isso soa ridículo. Como foi estapafúrdia a decisão do Tribunal Desportivo em punir Neymar com dois jogos em face de um entrevero de jogo e sem índole de maldade, como foi o caso de o lance em que ele se envolveu com o Ceará, que hoje joga no Grêmio de Porto Alegre. A meu ver, puro sensacionalismo essa punição. Esses dois jogadores foram companheiros de clube. O Ceará é um jogador comum que tinha a incumbência de marcar Neymar. Em face disso foi fomentado pela imprensa de que era ele o ‘todo poderoso’ para cumprir essa tarefa. A própria Direção do Grêmio apostou nesse trunfo, tanto que deverá pagar alta multa ao Santos por ter Ceará em campo naquela oportunidade. Nada disso foi levado em consideração no momento do julgamento.
Mas, independente dessas polêmicas, quem admira o futebol e critica aqueles jogadores que fazem ‘corpo mole’ para jogar, deve reverenciar o craque do Santos porque é ele quem tem rompido essas barreiras. O Neymar representa para o Santos aquele jogador da antiga ‘várzea’ que, faça chuva ou faça sol, lá está ele com seu par de chuteiras ansioso para entrar em campo. A palavra ‘mercenário’ jamais vai existir no vocabulário da torcida santista.
O fato é que o Neymar, além de ser um craque, tem demonstrado encarnar a velha garra do futebol Tupiniquim. Tem servido ao Santos e a seleção com senso de brasilidade. Tem jogado como pessoa que honra o escudo. Não é daqueles que beija a camisa para se consagrar perante a torcida. É só um jogador que entra em campo para ajudar seu time, sem sentir o melhor de todos.
Neste momento não é o jogador que se admira, mas uma pessoa que não se deixou levar pela sua notoriedade. Ele vive na mídia, faz propaganda, aparece em vários comerciais. Entretanto, parece não estar nem aí com essa fama. O que ele gosta mesmo (e faz com prazer) é jogar bola.
Nós, brasileiros, estamos precisando de muitos Neymar, seja em campo de futebol, seja nas fábricas, seja no serviço público, seja na política. Precisamos de pessoas que vestem a camisa. Necessitamos de cidadãos que amam o que fazem. Isso tudo está representado na figura desse ídolo santista.