Muitos já disseram que estamos não apenas em uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Em todo o mundo, se fala em crise econômica, desemprego estrutural, aumento da pobreza, violência urbana, migrações desordenadas e um abalo fundamental nos valores éticos e sociais. A crise ecológica ameaça o futuro do planeta. A urbanização do mundo e a nova sociedade baseada no conhecimento e na informática mudaram radicalmente a cultura, a economia e a forma do ser humano relacionar-se consigo mesmo, com o outro e com a natureza. Nós vivemos este momento de transição de um tipo de civilização a outra.
É difícil definir os contornos precisos da crise e como esta se expressa. Além do desastre que o capitalismo neo-liberal tem provocado, percebemos que há uma mudança de cultura na forma se relacionar com presente, o passado e o futuro. Na obra “Le Christianisme a-t-il son temps?”, Jean-Marie Ploux distingue três etapas da humanidade: a da tradição, a da modernidade e a da relatividade. Até o século XVIII, a cultura era medida pelo seu passado. O presente era refém do tradicionalismo. Com o Iluminismo e o Marxismo, o presente aspirava orientar-se à luz de construções ideológicas do futuro. Com o fim das ideologias, o presente vacila. Falta um horizonte definido. Parece que as pessoas vivem o momento presente, sem projeto definido e sem perspectivas maiores do que o aqui e agora. Embora muita gente tente se defender no presente agarrando-se ao passado, o mundo parece um imenso avião cruzando o oceano da vida, sem radar nem acesso aos instrumentos de navegação. Não temos mais bússolas, a não ser o aqui e agora. Diante disso, qual a reação dos educadores e educadoras? Há quem procure salvação na lei e nas estruturas. Parece que os movimentos que mais crescem no mundo atual são os movimentos fundamentalistas, tanto no plano religioso, como no plano social e no nível político. A própria sociedade tem esta tendência em tempos de crise. Em vários países, jovens são mais conservadores do que seus pais.
Quem descobriu com São Paulo que a salvação não poderá vir da lei, sabe que a rigidez, o conservadorismo não vai mudar nada, a não ser as aparências e ainda com o risco de tornar a sociedade menos adaptada ao mundo atual. É preciso assumir os riscos, superar o medo e a tendência de ficar na defensiva.
A filósofa e espiritual Simone Weil afirmava: “Conheço quando alguém é de Deus não pela forma como fala de Deus, mas pelo modo como se relaciona com a vida e com o mundo”. Poderíamos, hoje, dizer isso não apenas sobre Deus, mas sobre a espiritualidade como abertura ao outro e disponibilidade de sempre aprender do diferente. É um principio de vida, um modo de viver e no qual nos comprometemos amorosamente com o outro.
Para isso, não há receitas.
É difícil definir os contornos precisos da crise e como esta se expressa. Além do desastre que o capitalismo neo-liberal tem provocado, percebemos que há uma mudança de cultura na forma se relacionar com presente, o passado e o futuro. Na obra “Le Christianisme a-t-il son temps?”, Jean-Marie Ploux distingue três etapas da humanidade: a da tradição, a da modernidade e a da relatividade. Até o século XVIII, a cultura era medida pelo seu passado. O presente era refém do tradicionalismo. Com o Iluminismo e o Marxismo, o presente aspirava orientar-se à luz de construções ideológicas do futuro. Com o fim das ideologias, o presente vacila. Falta um horizonte definido. Parece que as pessoas vivem o momento presente, sem projeto definido e sem perspectivas maiores do que o aqui e agora. Embora muita gente tente se defender no presente agarrando-se ao passado, o mundo parece um imenso avião cruzando o oceano da vida, sem radar nem acesso aos instrumentos de navegação. Não temos mais bússolas, a não ser o aqui e agora. Diante disso, qual a reação dos educadores e educadoras? Há quem procure salvação na lei e nas estruturas. Parece que os movimentos que mais crescem no mundo atual são os movimentos fundamentalistas, tanto no plano religioso, como no plano social e no nível político. A própria sociedade tem esta tendência em tempos de crise. Em vários países, jovens são mais conservadores do que seus pais.
Quem descobriu com São Paulo que a salvação não poderá vir da lei, sabe que a rigidez, o conservadorismo não vai mudar nada, a não ser as aparências e ainda com o risco de tornar a sociedade menos adaptada ao mundo atual. É preciso assumir os riscos, superar o medo e a tendência de ficar na defensiva.
A filósofa e espiritual Simone Weil afirmava: “Conheço quando alguém é de Deus não pela forma como fala de Deus, mas pelo modo como se relaciona com a vida e com o mundo”. Poderíamos, hoje, dizer isso não apenas sobre Deus, mas sobre a espiritualidade como abertura ao outro e disponibilidade de sempre aprender do diferente. É um principio de vida, um modo de viver e no qual nos comprometemos amorosamente com o outro.
Para isso, não há receitas.