ATÉ QUANDO . . .
A comida que falta na mesa.
O frio que rasga a pele desnuda.
A chuva que encharca a alma,
sufoca a pobreza de espírito.
O grito que não sai.
O socorro que não vem.
A maldade na tv . . .
Não mata
Não prende
Não tem importância
Na minha realidade . . .
a bondade morre de olho aberto.
O ruim,nada no dinheiro,
molha a mão de quem manda
e o sistema agradece,
a prosperidade do estado
reluzido no sorriso esmaltado
do horário eleitoral.
A reza que salva.
O Deus que me acompanha.
Jesus no coração está
armado até os dentes.
Um coração que chora.
A morte atrás da porta
espera a sua vez
de entrar em cena.
Que a vela que acendo
seja pra falta de luz
e não,mais,para a falta de esperança.