Reflexões do cotidiano - O Urubu, um casal feliz...
Da janela do meu apartamento sempre ficava observando sobre o prédio vizinho um casal de Urubus.
Todos os dias eles estavam sentados no beiral do telhado do prédio, passava o dia todo, triste, durante o dia uma vez ou outra saiam, voava sobre os prédios vizinhos e rapidamente voltavam e sentavam nos mesmos lugares.
Algumas vezes eles recebiam visitas, outros casais ou Urubus solteiros vinham visita-los.
Noutro dia a rotina se repetia; eles estavam sentados no beiral do telhado do prédio, passava o dia todo, triste, durante o dia uma vez ou outra saiam, voava sobre os prédios vizinhos e rapidamente voltavam e sentavam nos mesmos lugares.
Certo dia um deles, acredito que seja a esposa Urubu encontrou uma telha quebrada e entre o telhado e a laje, passando ela há desaparecer algumas horas durante o dia.
Pouco tempo depois, menos de dois meses surgiram sobre o telhado duas aves amareladas, eram filhotes dos Urubus, e ali ficavam tomando banho de sol, os pais com os dois filhotes.
Os filhotes cresceram, tornaram-se pretos como os pais, aprenderam a voar, “durante o dia uma vez ou outra saiam, voava sobre os prédios vizinhos e rapidamente voltavam e sentavam nos mesmos lugares”.
Um dia eles voaram, e não voltaram, desapareceram.
Alguns tempo depois, talvez três ou quatro meses, um casal de Urubus aparecem sentados no beiral do telhado do prédio, e continua, “todos os dias eles estão sentados no beiral do telhado do prédio, passa o dia todo, triste, durante o dia uma vez ou outra saem, voam sobre os prédios vizinhos e rapidamente voltam e sentam nos mesmos lugares”.
Será o mesmo casal de Urubus?
Caso afirmativo o que fizerem durante a ausência deste local?
E os filhotes vivem uma vida semelhante?
Se forem os mesmos porque voltaram?
Será que eles terão novos filhotes?
Na sua memória, eles se lembram dos filhotes?
Os Urubus vivem tristes e cabisbaixos, será que eles são felizes?