Praça

Estava andando com a mente na lua

Em uma praça de ruas finas e largas

De um lugar que me deu a paz

Da qual ainda procurava ter

Nela me veio um susto,

Uma preocupação de não estar feliz

Uma falta de fé espontânea

Um dia atípico do normal pra mim,

E meus pensamentos

Não foi o dia mais quente,

Mas também nunca deixou de ser o mais chuvoso

Não foi meu maior pesadelo,

Mas também deixava de ser o seu último

Era um meio de aprender a aprender

Foram as conversas jogadas fora,

O papo pro alto

Os dias de xícaras de chá quente

Entre um sorriso e palavras

Que me fizeram ver o que os sentidos dos olhos podem esconder,

Que por mais que a mentira fosse capaz de ser forte,

Ela não iria passar nem da porta de um portão

Que por mais que as mãos estejam ásperas e secas

Elas vão contudo guardar alguma história

Como as que ouvi de idosos jogando dominó sentados no mesmo banco de praça há anos, foram os instantes mais cheirosos e ternos com que já vivi

Acordada de tudo que me deu algum bem

Vendo como se fosse uma volta num tempo antigo,

Percebe-se o calor do que se perdeu

Do que se foi com o passar das tardes de sol

E com o que inda pode vir.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 17/10/2012
Código do texto: T3938048
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