Solidão: A doença do século XXI.
Solidão: A doença do século XXI.
Interessante é pensarmos que vivemos por tantos séculos oprimidos, censurados e perseguidos devido à s convicções filosóficas, religiosas, políticas, hoje conquistamos o pleno acesso a cidadania, o direito ao voto a todo e qualquer cidadão, a abolição da virgindade como requisito para contrair matrimonio, a equiparação da união estável com o casamento, o direito d
os homossexuais a constituir família de papel passado e até mesmo o direito a adoção por eles.
Diante de tantos direitos conquistados, e até mesmo inimagináveis há alguns séculos, quiçá, podemos dizer até algumas décadas. Atualmente existe um paradoxo que é o excesso de liberdade individual e ao mesmo tempo a era da solidão.
Porque estamos cada vez mais isolados dentro de nós mesmos, e vivemos tão solitários diante de tanta liberdade?
Se já ficamos livres do casamento arranjado, da profissão escolhida pelos pais, e de manifestar publicamente a opção sexual, de não viver conforme a convenção.
Consideramo-nos evoluídos a época dos nossos avós, e pensamos que estamos a frente em tudo. Mas será mesmo?
Aprendemos a ser desde cedo pragmáticos e materialistas, a começar quando somos iniciados ao grupo social, a escola, a grande mãe, a porta da felicidade, e a única forma de ter sucesso e um futuro garantido; somos moldados a primeiro pensar na profissão.
Conquistamos logo cedo à independência financeira e, no entanto o peso de não termos mais sonhos, eis que a solidão também vem junta.
Aliás, vivemos a era da solidão, desraigados de sentimentos, desacreditados da idéia do amor verdadeiro, então se já conquistamos a priori o sucesso profissional e se já não acreditamos no amor... O que pensar da vida daqui para frente?
Preferimos a solidão, o medo nos impede de sonhar, afinal quem morreu sem antes ter sofrido de amor, podemos dizer que este nunca viveu.
Afinal, o amor foi banalizado, as pessoas encontram o amor verdadeiro 05 vezes ao ano, pelo simples fato de mentir pra si mesmo e pelo prazer de mentir para o outro, ou por medo da solidão.
Por que não simplificamos os nossos sentimentos, ousando dizer apenas a verdade, nos colocando no lugar do outro, assim evitaremos decepções mutuas, e entrar em relações que tendem ao sofrimento.
Temos que reaprender a sermos humanos, saber sonhar, não podemos nos contentar com um coração cibernético.
Autora: Keu Seixas 16/10/2012 as 01h30min