SOMOS TODOS UMA E A MESMA COISA.

Nascemos. Não pedimos para vir nem sabemos quem fez a iniciação da viagem. Por um milagre que nada nem ninguém explica chegamos.

De onde viemos será eterno mistério, o enigma que desafiou e desafia as mais notáveis inteligências na história do homem, no desencontro sem encontro de múltiplas explicações.

E chegamos, inconscientes, vista pardacenta, sem distinguir com precisão imagens.

Não participamos desse jogo que iniciou a viagem sem nossa colaboração, embora sejamos a meta principal e mais importante do jogo, as trocas do amor.

Com a chegada dos primeiros vestígios da consciência saímos das trevas para a luz, os primeiros sinais.

Começamos a enxergar figuras gigantes que rodeiam nosso berço, estão sempre presentes, nos trazem proteção, alimento e conforto; nossos pais.

Estão marcadas as personagens a que se deu o nome de família, o centro de tudo e de todas as aspirações.

O nascido irá enfrentar o fenômeno envolvente e concentrador de todas as mudanças de sua existência chamado vida.

Por circunstâncias alheias à vontade do viajante, que não pediu para viajar, não sabe como partiu nem de onde, desconhecendo por toda sua jornada o veículo e sua origem, muitos caminhos serão caminhados.

Para uns de muita sorte, plenos de abundância, dons, inclinações, talentos e riquezas. Outros medianamente recompensados pela viagem encetada sobreviverão.

Muitos sofrerão por essa destinação desconhecida que joga na vala comum a desordem material que nada dá, nunca provê, tudo sonega e retira o pouco que sobraria do muito dos que muito têm.

Se houver ordenação espiritual a materialidade será sublimada no cume da montanha que descerra a paz.

Destino, fatalidade da viagem viajada sem consciência e conhecimento, apanharam os nascidos na volúpia da maior força, generosa, movimentando toda a natureza; o amor.

Resta a certeza que a origem é única e por isso desconhecida, embora diversos os viajantes, seus destinos e futuras existências, sofridas ou não, a indicarem uma irmandade de chegada pela verdadeira certeza da incerteza, o desconhecimento originário, etiológico, a nos dar a precisa, exclusiva e única explicação: SOMOS TODOS UMA E A MESMA COISA.

TEXTO REEDITADO, ESCRITO EM 11/12/2009, TRÊS DIAS APÓS INGRESSO NESTE ESPAÇO. REEDITADO POR SER UM CENTRO EXPLICATIVO DE MINHAS RAZÕES LANÇADAS ATÉ HOJE.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3935711
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