Reflexões
Pirapetinga é uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, na Zona da Mata, onde Minas faz divisa com o Estado do Rio. Separando os dois Estados, o Rio Pirapetinga, deixa no lado mineiro, a cidade do mesmo nome, e no lado fluminense, a cidade de Santo Antônio de Pádua. Foi em Pirapetinga que nasci.
O retorno à cidade natal me fez refletir sobre o caminho percorrido, como se uma linha tivesse ligado o meu princípio, até o dia de hoje.
Esticando essa linha, lembrei-me dos nós que nela ficaram, os nós das dificuldades do aprendizado da vida.
No primeiro nó, o menino ainda pequeno, via os adultos como figuras mágicas, alguns como anjos, outros como demônios, havendo ainda, de quebra, alguns ogros e duendes.
Lembrei-me das dificuldades ao perceber que os mais fortes sempre tinham as recompensas e só muito mais tarde atinei que poderia também usufruir dessas mesmas recompensas, usando a esperteza, e que nem sempre, o mais forte supera o mais esperto.
No segundo nó, vi-me protegido ao estar junto dos poderosos. Senti, que aproximar-me do poder, já era uma forma de poder. Foi quando o ogro do meu irmão mais velho, mais forte e maior, começou a me perseguir por causa de um brinquedo que ganhara no meu aniversário, e nessa oportunidade, minha avó, foi meu anjo protetor.
No nó seguinte, descobri a importância da justiça, quando movido pela intriga, fui punido injustamente. Juntinho desse nó, um outro, me mostrou o valor da liberdade, foi quando fui privado do direito de ir e vir por causa de uma arte que tinha feito. Foi então que percebi que a liberdade era um bem muito precioso.
Bem adiante, observei um novo nó. Já bem maior, compreendi que a verdade não era tão rígida quanto imaginara, haviam as meias verdades, que se adaptavam aos interesses daqueles que a manipulavam.
Aprendi ainda o grande poder que estava nas mãos de quem sabe se comunicar e que era verdadeira a máxima do Chacrinha, de que quem não se comunica se trumbica.
Junto a esse aprendizado, aprendi o valor das palavras. Das palavras certas, ditas nas horas certas.
Muito mais tarde, não precisei de nenhum outro nó para perceber também o valor do silêncio.
Agora, nesses momentos de reflexão, tudo por causa da volta às origens, é que percebo a importância, de vez por outra, percorrermos o caminho de volta, virmos ao princípio, para melhor nos situarmos, analisarmos com mais clareza, e darmos a devida grandeza à nossa infância, quando firmamos os nossos conceitos de vida, a formação do nosso caráter.
Pirapetinga é uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, na Zona da Mata, onde Minas faz divisa com o Estado do Rio. Separando os dois Estados, o Rio Pirapetinga, deixa no lado mineiro, a cidade do mesmo nome, e no lado fluminense, a cidade de Santo Antônio de Pádua. Foi em Pirapetinga que nasci.
O retorno à cidade natal me fez refletir sobre o caminho percorrido, como se uma linha tivesse ligado o meu princípio, até o dia de hoje.
Esticando essa linha, lembrei-me dos nós que nela ficaram, os nós das dificuldades do aprendizado da vida.
No primeiro nó, o menino ainda pequeno, via os adultos como figuras mágicas, alguns como anjos, outros como demônios, havendo ainda, de quebra, alguns ogros e duendes.
Lembrei-me das dificuldades ao perceber que os mais fortes sempre tinham as recompensas e só muito mais tarde atinei que poderia também usufruir dessas mesmas recompensas, usando a esperteza, e que nem sempre, o mais forte supera o mais esperto.
No segundo nó, vi-me protegido ao estar junto dos poderosos. Senti, que aproximar-me do poder, já era uma forma de poder. Foi quando o ogro do meu irmão mais velho, mais forte e maior, começou a me perseguir por causa de um brinquedo que ganhara no meu aniversário, e nessa oportunidade, minha avó, foi meu anjo protetor.
No nó seguinte, descobri a importância da justiça, quando movido pela intriga, fui punido injustamente. Juntinho desse nó, um outro, me mostrou o valor da liberdade, foi quando fui privado do direito de ir e vir por causa de uma arte que tinha feito. Foi então que percebi que a liberdade era um bem muito precioso.
Bem adiante, observei um novo nó. Já bem maior, compreendi que a verdade não era tão rígida quanto imaginara, haviam as meias verdades, que se adaptavam aos interesses daqueles que a manipulavam.
Aprendi ainda o grande poder que estava nas mãos de quem sabe se comunicar e que era verdadeira a máxima do Chacrinha, de que quem não se comunica se trumbica.
Junto a esse aprendizado, aprendi o valor das palavras. Das palavras certas, ditas nas horas certas.
Muito mais tarde, não precisei de nenhum outro nó para perceber também o valor do silêncio.
Agora, nesses momentos de reflexão, tudo por causa da volta às origens, é que percebo a importância, de vez por outra, percorrermos o caminho de volta, virmos ao princípio, para melhor nos situarmos, analisarmos com mais clareza, e darmos a devida grandeza à nossa infância, quando firmamos os nossos conceitos de vida, a formação do nosso caráter.