O APOCALIPSE.

É preciso interpretar o simbolismo do Apocalipse.

O sétimo selo aberto, (8:1-11:14), com seu silêncio de meia hora, e anúncios sonoros de trombetas para as tragédias, estão presentes no curso da humanidade. Só não vê o boto...

A autoridade de Cristo é anunciada. Uma mulher dá à luz a um filho varão, no céu. O Cristo homem deixou somente pela oralidade a Lei Moral. Não escreveu um vocábulo, e ciscos da retórica do pó, melhor, insignificâncias da ordem natural, atentam contra o que ensinou exclusivamente de valores nobres o Homem Cristo. Como se pudessem...

Há os que exploram em seu nome os fracos e pobres, prometem prosperidade, e há os que atentam contra seu nome, por vezes tendo como bandeira um mero materialismo vão, sem “logos”, pois “logos” inexiste em quem não percebe o mínimo. E outros querem cassar o grande caminho por Ele ensinado, a liberdade. Tudo isso, embora Ele tenha dividido o calendário gregoriano com seu nome, sem nada escrever...Mas isso não basta para aqueles faltos em “logos”...

O Apocalipse de João é talvez um dos marcos sobre a realidade da integral identidade cristã centrada e marcada, sobretudo em posição contrafeita à identidade greco-romana. A palavra grega koinon, é vocábulo que em Apocalipse 21.27 resulta na exclusão da neófita Jerusalém que João de Patmos recepcionava como pureza ritual na forma abrigada pelos costumes da época. Isto no judaísmo de seu tempo.

Seria um componente que alicerçava a identidade cristã, de Cristo. A submissão às observâncias judaicas seria um meio de se proteger e se afastar contra o compromisso com uma sociedade dedicada à Satã. Daí temos o “Apocalipse” e suas “coisas ruins”. Os “coisas ruins” estão até hoje próximos, as vezes convivendo conosco, vizinhos aos nossos dias e hábitos. Devemos ser enérgicos com seus desvios freqüentes, que encarnam o famoso ”mau caráter”.

João foi o “bom caráter’ em todos os sentidos. Acossado João lutou com afinco para fortalecer a fé. Aos adversários foi bandeira de coragem com testemunho que não puderam controverter.

Ninguém poderia duvidar de sua sinceridade, através de seus ensinos muitos foram levados a deixar a incredulidade.

JOÃO NÃO QUERIA APARECER, COMO FAZEM OS TOLOS, MAS SERVIR `À LEI MORAL ENSINADA.

João foi julgado por Roma por sua fé. Quanto mais agigantava seu testemunho, mais profundo era o ódio de seus opositores.

Como hoje se dá com a verdade e a mentira, entranhada na inveja, como fez Caifás, e a perseguição era intensa. Muitos são condenados pela mentira e continuam gritando-a diante da mais clara verdade.

João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o Senhor preservou sua vida. Ao serem pronunciadas as palavras condenatórias: «Assim pereçam todos os que creem nesse enganador, Jesus Cristo de Nazaré», João declarou: “É Meu Mestre” e se submeteu pacientemente a tudo que era feito para humilhá-lo e torturá-lo. “Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou um homem pecador e fraco. Cristo era santo, inocente, incontaminado. Não pecou nem se achou engano em Sua boca”, disse.

Estas palavras calaram profundamente em seus carrascos e João foi retirado do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado.

Mas continuou a perseguição e João foi exilado para a ilha de Patmos, condenado «por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.» Ap 1,9.

Acharam seus perseguidores que sua influência não mais seria sentida, ele morreria pelas privações e sofrimentos.

Em Patmos escreveu as visões recebidas de Deus. Ele olharia para trás e sua visão em vaticínio encontraria apenas campos de batalha e carnificina, lares desolados, lágrimas de órfãos e viúvas.

Sozinho em Patmos, João estudou mais intimamente do que nunca as manifestações do poder divino como reveladas no livro da natureza e nas Páginas da Inspiração.

Era para ele um deleite meditar sobre a obra da criação, e adorar o divino Arquiteto. Em contrapartida, considerava a fraqueza e futilidade dos mortais que, embora vermes do pó, gloriam-se em sua suposta sabedoria e força, pretensão e mentiras, desviando-se da correção, colocando o coração em embate contra o Senhor Deus, Governador do Universo, como se Deus fosse igual a eles; pensava.

Poucos adotam a verdade, componente ausente dos desvios do caráter, dos que dizem uma coisa hoje e outra amanhã, e vivem só para o próprio benefício, e abandonam princípios e o amor devido ao próximo e aos nossos entes queridos.

João foi condenado ao exílio em Patmos, João de Patmos, por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.

Deus não gosta de mentiras. A correção não gosta de mentiras, a Lei Moral não gosta de mentiras, nem de falsas verdades...

Muito menos dos covardes em assumir posições firmes, sustentando suas mentiras ao invés de negá-las. São vencidos pela vida e por suas fraquezas, sobre eles mais cedo ou mais tarde se abate a pena moral.

Se não há respeito por nada, nem pela criatura nem pelo criador, um verdadeiro Apocalipse será vivido. Tudo sob o céu e a terra tem sua hora.

Numa impiedosa confederação, homens e anjos maus se aliaram contra o Príncipe da paz até hoje, são os “coisas ruins” do apocalipse. Andam soltos em todos os lugares e nada se desviará do destino de cada um.

Mediante provas e perseguições, a glória e o caráter se revelam em seus escolhidos, que não serão pequenos nem ensinarão tolices.São os filhos da Lei Moral, os escolhidos.

Estes não são mentirosos, não desrespeitam o próximo no que seja, não vociferam contra a criação, não sonegam o que pertence a cada um, não são botos na compreensão e diminutos no espírito.

Nós não temos a força de um João de Patmos, mas ao menos um lampejo de inteligência aos que montam as asas largas da insciência no voo da tolice, não faria mal para compreenderem a passagem do Cristo, ao menos como Homem..e história,

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3935496
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