O SIMPLÓRIO E A VAIDADE.

Ser vaidoso, não distinguir os caminhos que percorre, suas fronteiras só para si alargadas além do que está desenhado e visível aos olhos mais atentos, é ser simplório.

Quando não se avalia limites nos contornos da clareza indiscutível, e são extravasados com farto exibicionismo conquistas invisíveis, ingressamos no simplório. Não é um pecado, mas uma limitação estratificada.

Aos néscios e simples, atitudes simples, comuns, empolgam e motivam, mesmo rotineiras, são iguais que se aproximam, e nada há de estranho, muito menos de censurável, mas é preciso cuidado para não ser simplório e beirar a surpresa diante da experiência e da maturidade.

Ser simples e simplório são atitudes diversas.

Compreende-se com maior compreensão a simplicidade, qualidade do simplório, bem como recepciona-se com facilidade e festa a simplicidade, qualidade de ser simples, sempre desejável e diferente de ser simplório, agravado quando forrado de vaidade, sentimento menor.

O simples enaltece, o simplório vaidoso e bronco ridiculariza. Um é valor adjetivado positivamente, outro desvalor acompanhado da vaidade tola por ser ingênua. Pior, metido.

Estar cercado por simplicidade é fechar-se em muro fortificado pela tolice.

A papalvice é medalha levada pela esforçada vaidade, que se esforça para aparecer quando nada tem para mostrar.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/10/2012
Reeditado em 26/06/2018
Código do texto: T3933724
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