Crônica baseada nas crônicas escritas por nosso colega de Recanto Celso Panza, que abordam o assunto fama.
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Sonhos no The Voice Brasil
Todo mundo tem um sonho; os que não os tem mais, com toda certeza, um dia, tiveram. Programas de calouros como The Voice Brasil, Ídolos ou Raul Gil são fábricas de sonhos. As pessoas colocam neles grande parte de suas esperanças de tornarem-se famosos.
O que podemos observar, é que nem sempre, vencem os melhores; vencem os que tem mais capacidade de atuar no mercado e conquistar a platéia (cantores que seguem uma linha mais popular ou que tem uma aparência física melhor). Mas muitas vezes, nem mesmo estes conseguem emplacar uma carreira. Alguns vencedores, após seus cinco minutos de fama, desaparecem do mapa, e nunca mais se ouve falar deles; voltam a cantar em churrascarias e festas de aniversário. Aqui mesmo, em minha cidade, existe um rapaz que participou do Programa de Calourros do Raul Gil, e que apesar de ter feito sucesso na época, voltou às origens.
Mas eu creio que isto não seja motivo para se desistir de um sonho, e se os cinco minutos de fama trouxerem cinco minutos de felicidade, por que não tentar?
Acredito também que, para qualquer tipo de arte - música, pintura, dança ou escrita - é preciso mais do que apenas desejar a fama. Se não houver uma motivação a mais, algo que está dentro da alma, que vem de dentro da gente, os cinco minutos de fama trarão apenas amargura quando passarem. Ou seja: fazer por amor, ou até mesmo por algo acima disto: uma necessidade da alma.
Porque todo desejo de ser famoso pura e simplesmente por vaidade, pode tornar-se muito perigoso; o extremamente vaidoso nem percebe o quanto torna-se ridículo aos olhos dos outros. Nada mais gritante que o pedantismo.
Que cada um faça o melhor que puder fazer daquilo que ama; se a fama chegar, que seja por consequência, e não como objetivo.