ACONTECEU EM DEZEMBRO!

Estamos em clima de festas! Somente se vê gente com pacotes e pacotes de presentes, feições alegres, casais portando os filhos pelas mãos, muitas crianças chorando, porque, geralmente, queriam aquilo que não foi comprado!

Muitos amigos me confessam não gostar desta época. De fato, esse sentido comercial em que se transformaram todas as grandes comemorações, tira a beleza, o romantismo das datas festivas. Todavia, principalmente no Natal, não podemos fugir das tradições, sob pena de tirar da criança, o sentimento puro de acreditar no Papai Noel.

Independente das comemorações que acontecem neste mês, a vida continua, e bons e maus momentos do cotidiano, não deixam de existir.

Com isso, quero dizer que fui surpreendido por dois acontecimentos que muito me marcaram, e que passo a relatá-los a seguir. Primeiro, o que me deixou por demais sensibilizado.

Como todos sabem, porque já citei diversas vezes, meus amigos do Panelinha, anualmente, participam de várias viagens à fazenda do amigo Bimbo. Uns há mais tempo, e outros vieram com o passar dos anos. Eu, por exemplo, sou de uma das turmas mais antigas. Comecei a frequentar o local em outubro de 1985. Comemorei, então, bodas de prata.

Mas, nem sempre há condições de ir. Nesta última, por exemplo, estive impedido de participar. Infelizmente! Na segunda-feira após o retorno no domingo, fui surpreendido com a entrega de uma sacola, que continha dois pacotes embrulhados para presente. Vindos do Bimbo. Ao abri-los vi tratar-se de dois álbuns de fotografias. Ele é maníaco por elas. Existe na fazenda, uma sala onde todas as paredes estão cobertas por fotos, de todas as ocasiões em que lá estivemos, desde 1984. Então, o Mestre, como às vezes o chamamos, num trabalho insano e maravilhoso, teve a paciência de transportar para os álbuns, todos os momentos marcantes dos nossos encontros, acrescidos de comentários jocosos. Aliás, o Bimbo é de uma veia e de um senso humorísticos inigualáveis. Humor finíssimo! Além da vasta cultura. Conhece praticamente todo o mundo!

Estou muito sensibilizado com o presente! Trata-se de um documento de profundo valor histórico, que servirá de objeto de consulta para todas as nossas futuras gerações.

Não há como avaliá-lo!

Como a propaganda do cartão, “isso não tem preço”!

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Entretanto, a vida não é somente constituída de coisas boas.

Dona Lídia partiu! Mãe dos amigos Aladino Jr. e Duílio (meu concunhado).

Tenho de manifestar meu profundo sentimento por sua perda! Interessante em seu velório, que foi uma demonstração inequívoca do quanto era ela querida, tão elevado o número de presenças, diversos amigos, e outras pessoas, vieram me dar os pêsames. Não erraram! Dona Lídia tinha para comigo, para com a Iara, para com todos os meus filhos e netos, verdadeiro amor maternal, nunca escondido, sempre demonstrado pelo carinho com que nos tratava, como se fosse mesmo nossa mãe. Sempre os tivemos, ela e Seu Aladino, como verdadeiros pais.

Certamente, agora, estão eles juntos na morada eterna, para alegria de todos aqueles que lá estão, gozando de todas as regalias que lhes são devidas, pelo bem que fizeram aqui na terra, durante a passagem entre nós.

Sempre será ela lembrada, com muito carinho e saudade!

Descanse em paz, Dona Lídia!

PS - Escrita em 13/12/2010.

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 12/10/2012
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