Sorveteria Botijinha
Essa tradicional Sorveteria se localizava inicialmente na Pracinha do Diário, onde também existiam o Café Chile, o Salão Elite, Chapelaria Colombo e Casa Louvre, fazendo daquele logradouro um dos Pontos de Encontro mais importantes da cidade naqueles idos, quando recebia a denominação popular, durante os carnavais de “Quartel General do Frevo”.
A Sorveteria naquela época era ponto de referência para os visitantes de outras cidades, principalmente do interior: “depois das compras vamos nos encontrar, do lado da Botijinha...” Talvez atraído também pelo movimento dos cinemas na parte mais ocidental da cidade, ou pela construção do Prédio do Banco Lar Brasileiro “O ARRANHA CÉU DA PRACINHA”, essa Sorveteria passou a funcionar na sala nº 146 da Rua Matias de Albuquerque. Seu primeiro proprietário foi Carlos Pena, pai do Poeta do Savoy e de outras românticas partes do Recife.
Era um lugar freqüentado por pessoas da elite recifense. Ao ser transferida para a Matias de Albuquerque, localizada próximo ao Fiteiro Cultural de número 145, ainda vivenciou belos dias até o início dos anos 60, ficando, porém, totalmente fora de seus padrões iniciais, sendo apenas, como tantos outros bares do Bairro de Santo Antônio. Aconteceu fechar as suas portas definitivamente, deixando o Fiteiro Cultural com seu espaço livre, para receber os seus clientes (os que gostam de ler).
* Extraído do livro "Fiteiro Cultural", pp. 200-1 (Vide Recife das Sorveterias, "Fiteiro Cultural", pp. 174-5)