Mão de Criança
Veio passar as férias com a família. Mora numa república de estudantes. “Cachorro, com muito dono morre de fome!” Para que, isto de fato não viesse a acontecer Júlio pediu para os pais, e, o cachorro veio junto com ele.
Nome sugestivo e cara de poucos amigos, Bife chega para arrasar. Primeira manhã no quintal da nova casa, ele destrói a dentadas, o tênis pendurado no varal. Dia sim, dia também, o cachorro apronta das suas.
A família o trata como um de casa, mas, quem mais o curte é o menino João. Os dois ficam amigos inseparáveis. Brincadeiras a parte, o quintal ficou pequeno para os dois.
“João o almoço está pronto larga o Bife e venha comer!”
Algum tempo, depois, o menino aparece na cozinha. Senta-se à mesa, assim que vai começar a comer, ouve a sua tia.
“João vai lavar a mão, você pegou no Bife!”
Bife e João amigos inseparáveis até a chegada do Pingolé.
“Pingolé solta a minha calça!”
Darci tenta tirar o gatinho enroscado na barra da sua calça.
O trio se completa nas estripulias.
Três horas da tarde, café na mesa. “João..., vá lavar a mão para tomar café... você pegou no Pingolé!
Casa de avó aceita tudo. Graciema encontra um ovo no terreno da vizinha...
Vó... vamos por embaixo da Pintadinha pra chocar. E, lá foi à galinha, chocar...
Calor, chuva de granizo, vendaval... nada assusta Pintadinha. Vinte e seis dias... “Vó, o que é isso, que nasceu?”
Lá, estava um belo exemplar de peru para fazer o trio virar quarteto.
João, Bife, Pingolé precisam ser vigiados todo o tempo, pelos olhos de algum adulto da casa para não machucarem com suas brincadeiras, o jovem peru.
Mesa arrumada para o jantar.
“João vá lavar a mão você estava pegando no Bife!”
“Tava não vó..., eu tava com a mão no peru!”
Mão de criança pega cada coisa, não é mesmo?