O stress de fim de curso
A vida de estudante não é fácil, mas tudo se torna mais cansativo para quem está concluindo um curso superior.Além de termos de escrever o nosso trabalho de conclusão de curso, ainda devemos preencher 200 horas de atividades acadêmico-científico-culturais e cumprir um Estágio Supervisionado.Estou enterrada viva no meu trabalho de conclusão de curso a ponto de, ontem, ter ficado mergulhada nele de manhã, tarde e noite. Como grande parte das minhas fontes de pesquisa vem da Internet, eu chego a ficar três horas direto no computador, baixando arquivos e tomando notas.
Dizem que escrever um trabalho de conclusão de curso não é problema para mim, que escrevo bem. Pois eu digo o contrário. É um problema para mim sim. Primeiro, porque esses trabalhos devem ser concisos e eu, por natureza, adoro detalhar os assuntos. Segundo, porque eu tenho que mostrar que qualquer argumento que eu desenvolvo tem base científica, ou seja, outra pessoa já concluiu a mesma coisa, sob o risco de meu trabalho não ter credibilidade.
Não tenho problemas com minha orientadora, que foi minha professora por dois semestres e com quem me dou bem. Ela está fazendo o trabalho dela, claro, e aceitou de muita boa vontade ser minha orientadora, mas é difícil me adaptar a um estilo de escrita que não dá espaço para a criatividade, o ponto de vista pessoal e que obriga você a ser conciso, seco e objetivo.E a primeira coisa que minha orientadora me aconselhou foi a não ser muito prolixa, porque ela já sabe que gosto de escrever e me disse que eu tinha que me restringir nesse ponto. E não era a primeira vez que ela já me advertia nesse sentido. Nas provas que ela aplicou no tempo em que fui sua aluna, várias vezes ela me advertiu por ser prolixa e fazer provas de quatro ou seis páginas. Botava observações dizendo que as respostas eram bem elaboradas, mas que eu não precisava colocar tantos detalhes, esmiuçando tanto os assuntos.
Quando tudo isso acabar, não quero saber de fazer trabalhos acadêmicos por um bom tempo. Pretendo me concentrar na escrita que eu gosto e com a qual me identifico de verdade.