Um Cara Estranho (Autocrítica)

Cara,

Você é o cara mais estranho que eu já conheci

Eu Nunca consegui entender Você.

Tem horas que Você parece um Doutor de colarinho duro

Olhar sério, sorriso contido, ajeitando os cabelos cuidadosamente

Parecendo que não precisa de ninguém para sobreviver.

Domínio total sobre os seus sentimentos

Sorri para si mesmo orgulhosamente dando pouco valor às opiniões alheias

Nós dois sabemos que você já ficou de joelhos

Mais de uma vez madrugadas adentro

Com as suas lágrimas escorrendo para o mar

Você jogou o passado de volta na sua cara inúmeras vezes

E cheio de erros e pecados perdeu o sono e o próprio Amor.

E sem saber por que você persiste em viver

Um mundo só seu.

Cheio de vazios onde nada lhe falta

Ali você tem tudo o que precisa

Nada.

Como um grande Chef de cozinha

Você separou com extremo cuidado

Os ovos sobre o fogão automático

Estralou-os num fundo de azeite quente

E é ali que você se realiza

Avaliando a diferença entre o sonho e o pesadelo

Faminto afoitamente come crú a clara e a gema

Acrescentando teimosamente sempre sal em demasia

E geme de azia pelo azeite que sempre reaproveita para o seu viver.

Melhor que você criasse coragem

E fosse no banheiro

Quebrasse esse maldito Espelho e que os seus cacos nos tranpassasse

Para eu aquebrantado nunca mais ver você.

- Difícil é reconhecer que o que nós somos nem sempre é o que pensamos ser.

Robertson
Enviado por Robertson em 11/10/2012
Reeditado em 11/10/2012
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