OS SESSENTÕES...!

Arnaldo...Presente! Benjamin...Presente! Favius...Presente!

Renato...Presente! José Bueno...Presente!

Assim começavam as manhãs daquele ano de 1950, do 4º Ano B, no

1º Grupo Escolar Prof. José Augusto de Azevedo Antunes, de Santo

André. Éramos 43 alunos da Dona Maria da Penha Almeida Manfredi.

A Dona Penha.

E, lá se vão 60 anos...! Bons tempos, amizades duradouras, todos

vindo de famílias tradicionais desta abençoada terra de João

Ramalho.

Há alguns anos atrás, estive no Grupo, agora instalado na rua Tatuí,

na Casa Branca. Procurei a esposa do querido Carlito Lunardi, já

falecido, sendo muito bem recebido. Queria ver o livro-registro de

nossa classe, que se formara naquele ano. Pois não é que aquela

saudosa mulher, não só me mostrou o livro, como me foi cedido para

tirar cópia! Ainda guardo esse documento, agora um tanto

esvanecido pelo tempo.

Claro que num grupo como esse, tínhamos os mais chegados. Alguns

que, até hoje, fazem parte de nosso convívio, como o Arnaldo

Simões, inclusive meu vizinho de residência, o Renato Guirelli, o

Gato, companheiro do Panelinha, o Benjamin Telent, o Bincale, um

pouco menos, o Favius Armani, o Favito, mas ainda presente, e um

ou outro mais.

De muitos perdi completamente o contato, e um deles, que lamento

não mais saber como está, é o José Rafael Sartori, um amigo

sensacional, ótimo jogador de futebol. A última vez que o vi, foi por

volta de 1956, quando houve um torneio entre colégios, no Estádio

do Pacaembu, ele fazendo parte do time do, se não me engano,

Colégio São Luiz. Outro, o Carlos Haddad Aron, se bem que, de vez

em quando, tenho notícia dele, por intermédio do Rubens Awada.

De lamentar que, vendo a lista de alunos, diversos já não mais

pertencem a este mundo, tais como o Alfredo Ulmer (Nini), o Antenor

Beber, o Hélio Denis, e o Wilton Dias Rocha, meu primo. Esses, que

eu saiba.

Nessa época, aconteceu comigo, um fato interessante! Meu saudoso

pai havia reservado vaga para mim no Colégio Arquidiocesano, na

Capital. Para que essa vaga, difícil de se obter, fosse confirmada,

teria eu de me apresentar no citado estabelecimento, ainda naquele

ano de 1950. Caso contrário, a mesma seria perdida. Então, em

outubro tive que abandonar o Grupo Escolar, e ir para o internato, no

Arqui. O que fazer? Mas, tudo foi resolvido da melhor maneira

possível, ficando eu de me apresentar para realizar os exames finais,

aqui em nossa cidade. Assim foi feito, realizei as provas, inclusive

com boas notas.

Sessenta anos são passados! É um tempo digno de ser comemorado.

Vou sugerir aos colegas que tenho contato, um encontro, a fim de

nos reunirmos de uma maneira que fique gravada essa feliz data. Já

nos cinqüenta anos perdemos a oportunidade! Ela não pode passar,

agora, despercebida, em branco! Merece uma comemoração.

E vamos realizá-la, sim!

PS - Esta crônica foi escrita em meados de 2010. Infelizmente não houve a comemoração!!!