O INVEJOSO ESTÁ MORTO.
O invejoso está morto, só não sabe....
Quem vive a realidade dos outros, aspira bem como cobiça ter e ser como o outro, não vive sua realidade. Não vivendo sua realidade não está vivo, habita um mundo diverso que não é o seu.
Só os vivos cuidam de si, de seu crescimento como pessoa, voltado para o que lhe confere a oferta da natureza e o que pode conquistar. Cuida de si e de seus valores, despreocupado com aquilo que não lhe pertence.
Ninguém que calça os sapatos de terceiros tem conforto, ou é largo demais e o faz tropeçar, ou aperta e cria feridas.
Os tropeços e as feridas para cessarem necessitam que se calcem os próprios sapatos. Assim a caminhada será não só confortável, mas segura.
Quem se afasta de si mora na casa ao lado, não conhece o interior de sua morada, transita por terrenos que seus olhos ávidos fazem acender o desejo, um desejo morto pois não lhe pertence o almejado e inacessível. E nunca pertencerá....falta identidade.
É preciso ressuscitar o morto que o invejoso carrega, pesado, sombrio, dissimulado, sorrateiro e falaz.
Para viver, as margens de nossas realidades devem obter cultivo, deixados ao largo as vidas que não nos pertencem.
O invejoso é um morto, e nem a exumação encontrará restos, pois seu interior é inexistente.