SALVE MARIA MÃE DE JESUS E NOSSA MÃE...


Do alto da Cruz, sem se deixar ofender com a violência, os ultrajes e a ingratidão de um povo que dias antes o havia recebido com hosanas, Jesus, num derradeiro gesto de AMOR, pede à sua querida mãe que assuma os homens como filhos, na pessoa do apóstolo João:

- Mãe, eis o teu filho.

Se as mães comuns intuem os perigos e preocupações dos seus filhos, calcule-se essa intuição quando essa Mãe é Maria, aquela que conservava em perfeitas condições os dons que Deus agraciara o ser humano, entre eles o da intuição, o Sexto Sentido. - Ademais Maria sempre soube que seu coração seria transpassado, por uma espada de dor. Não lhe avisara Simeão?

Só João estava aos pés da Cruz, assustado, porém leal, amparando Maria. Naquele momento o apostolo ciumento e impulsivo, que se tornaria o apóstolo do AMOR, recebeu do Mestre amado a incumbência de cuidar da sua Mãe:

- Filho, eis a tua Mãe.

Com reverente cuidado João amparou a Mãe de Jesus, que no coração também desfalecia, e recebeu Maria, agora também sua mãe, em sua casa e em sua missão.

A devoção mariana, que os católicos conservam com tanta piedade, não decorre de fanatismo ou sentimentalismo, mas de um pedido expresso, o último de Jesus... Ele não tinha bens materiais, senão sua túnica sem costura, tecida, por sua mãe, e cobiçada por seus algozes que a disputaram na sorte. Sequer sandálias ele tinha, pois delas havia sido despojado, ao longo do percurso do seu calvário. Seu espolio espiritual, no entanto era grandioso – Maria, na excelsa condição de Mãe do gênero humano. Se, por parte do Pai Criador já éramos irmãos, nos tornamos, a partir da Cruz, irmãos também,  por parte de Mãe.

Nada é mais consolador ao coração do homem que o AMOR de sua mãe, aquela que o ama sem reservas, percebe as suas inquietações e o convence de que é muito amado. Por isso, numa ultima recomendação, Jesus nos deixou em testamento sua própria Mãe. Nossa devoção mariana se funda neste pedido de Jesus, antes de expirar na Cruz, reforçando a prioridade dos vínculos espirituais com Deus. Ninguém deixa de atender à vontade de um moribundo... Os que julgam piegas a devoção mariana, certamente não estudaram ou não entenderam os Evangelhos...

É Maria que nos ampara nos sofrimentos e defende nossos direitos humanos, os mesmos que foram negados ao seu Filho Jesus.

Refletindo o AMOR do Pai, Maria distribui incondicionalmente tudo o que de Deus recebeu, a nós, seus filhos.



SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 11/10/2012
Reeditado em 11/10/2012
Código do texto: T3926833
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