O MONGE.

No alto da Cordilheira do Himalaia um monge se funde com o tempo.

Já não sabe onde findam seus olhos no alcance das distâncias percorridas por sua visão.

Assim, eleva-se... desprende-se de seu corpo e alça alturas.... voa desnudo, incorpóreo.....

Vê do infinito a Cordilheira em que deixou seu corpo... a matéria... se desfazendo, transformando-se.... é uma parte do tudo, quase nada, girando em torno do azul do Planeta Terra que seu corpo ainda habita.... não morreu..... praticamente não respira em seu imperceptível inalar oxigênio, que o mantém vivo e o levou a estes espaços.

Dimensiona a grandeza desse encontro com as verdades procuradas e envolve-se no tudo que é nesse todo.....já não é parte..

Passa a ser uno e nada mais necessita de compreensão....É o próprio tempo que rege a ordem do cosmos.....encarna o tempo.

Os extremos se tocam, encontrou a verdadeira vida...volátil, paz permanente, silêncio e beleza.....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/10/2012
Reeditado em 09/10/2012
Código do texto: T3924427
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