O MONGE.
No alto da Cordilheira do Himalaia um monge se funde com o tempo.
Já não sabe onde findam seus olhos no alcance das distâncias percorridas por sua visão.
Assim, eleva-se... desprende-se de seu corpo e alça alturas.... voa desnudo, incorpóreo.....
Vê do infinito a Cordilheira em que deixou seu corpo... a matéria... se desfazendo, transformando-se.... é uma parte do tudo, quase nada, girando em torno do azul do Planeta Terra que seu corpo ainda habita.... não morreu..... praticamente não respira em seu imperceptível inalar oxigênio, que o mantém vivo e o levou a estes espaços.
Dimensiona a grandeza desse encontro com as verdades procuradas e envolve-se no tudo que é nesse todo.....já não é parte..
Passa a ser uno e nada mais necessita de compreensão....É o próprio tempo que rege a ordem do cosmos.....encarna o tempo.
Os extremos se tocam, encontrou a verdadeira vida...volátil, paz permanente, silêncio e beleza.....