Pronto socorro

Andando pelos corredores do hospital, vi pessoas em cima de macas

esperando por atendimento. O gemidos dos pacientes se fundiam aos passos de enfermeiros e acompanhantes, fazendo uma sinfonia atordoante.

Nunca tinha visto a agonia tão de perto, a vida por um fio.

Os gritos de um bandido algemado à sua maca, incomodava ao mesmo tempo que causava compadecimento. Com o pé e o pescoço enfaixado agonizava-se de dor, uma dor fina e traiçoeira que somadas com os pontapés que levou no estômago, dos policiais, removia-se na maca de ferro presa à sua mão. Sentia frio, e era vigiado de perto por um policial.

Situação triste.

Todos eles esperavam por ajuda, que chegaria sei lá que horas.

Escutava os acompanhantes orando pelos enfermos na tentativa de tentar amenizar suas dores.

Vidas por um fio.

E o tempo fazia toda a diferença.

Fui embora, pensando na fragilidade da condição humana e o quanto dependemos uns dos outros.

Suane Cruz
Enviado por Suane Cruz em 04/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
Código do texto: T3916684
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