Privatizar Presídios?
Uma das premissas levantadas por alguns pensadores para resolver a situação caótica dos presídios brasileiros, em especial como solução para a catástrofe em que se encontra o presídio central de Porto Alegre, um dos piores do mundo, recai sobre a privatização dos mesmos, como forma de livrar-se de um problema que o estado não dá conta. Pagar-se-ia quantidades milionárias e inimagináveis a empresas para administrar a situação carcerária. Os presos seriam, a partir de então, negócios lucrativos. A vida trancafiada de ladrões, assassinos, estupradores e corruptos teria valor monetário. Quanto o estado pagaria por cada cidadão preso? Eis uma incógnita indecifrável. O valor de cada indivíduo, pago para usufruir da infraestrutura das grandes empresas carcerárias, teria uma imensa margem para corrupção. Os presos seriam negócios lucrativos. Os juízes condenariam como nunca, e soltariam da prisão apenas os que tivessem bons advogados. Quanto maior número de presos e mais tempo na prisão, maior o lucro. O Brasil atingiria recordes de presidiários, como é nos Estados Unidos, país com maior percentual de pessoas presas. Os presídios seriam como Shoppings, teriam cinema, teatro e restaurante. Os excelentíssimos juízes seriam alvos de propinas dos milionários donos dos presídios em prol de condenações e contra solturas. O presídio seria um pedágio, em busca do lucro sob qualquer pretexto. Presídio não dá voto, logo a situação precária se perpetua. O foco, enfim, é investir e melhorar o processo de trabalho estatal.