Critica
Critica
-Chefe, o funcionário está ai.
-Qual?
O homem na frente do chefe era o encarregado.
-O indivíduo todo molambo e sujo que o patrão pediu para demitir, que cuida da maquinaria. O tal, que no ano passado foi funcionário padrão.
O patrão é engenheiro, ele vem todo bem vestido, engomado, o sujeito, doido, não saiu da frente do patrão, esbarrou nele e sujou o terno, agora o encarregado e o chefe tinham que demitir o sujeito.
-Como é seu nome meu filho?
-Paulo.
-Você está demitido, pode passar no departamento de pessoal e pegar o que você tem direito.
O homem ficou triste, porém não baixou a cabeça, não pediu para ficar.
Apenas disse: - Posso saber por que estou sendo mandado embora dessa empresa que trabalhei por tantos anos?
-O patrão não quer nenhum funcionário sujo.
-O patrão não sabe que para deixar tudo funcionando tenho que trabalhar duro, mexer na graxa e rastejar pelo chão procurando um lugar na máquina que parou de funcionar para concertar.
-Ele é o patrão.
A fábrica nunca foi a mesma sem aquele funcionário, o patrão quase foi a falência, mas como diz o ditado :” a mulher de Cezar não tem que ser honesta, tem que parecer honesta”.
Obs: o ato de escrever, do ponto de vista criativo é como rastejar, procurar o parafuso, a inspiração a criação é que realmente é tudo, sei que um português corretíssimo ajuda, ou deveria ler para todos a pedante redação do meu professor sobre o amor de mãe, corretíssima.