Crônica do Cotidiano
As horas não passam ou passam sem eu perceber. Porque perdi o sono e quem encobre? O cotidiano anda muito com noticias repetitivas e nada me abala. Sinto que devo cuidar mais da amizade, não tenho tempo para regala como devia. Ah! E o sexo! Já não tenho mais rotina, assim como, não leio mais dois a três jornais por dia. Tudo em me é inovador, eu renovo a cada dia a sedução e a minha paciência de Jó. Já virei poeta e compositor por pura inspiração do cotidiano. Há que ser criativo, nem falo de sexo tântrico, não sou budista e nem hinduísta. Falo de sexo com a alma e coração pulsando em meu cotidiano safado. Estou sofrendo por que a hora não passa e nunca vai passar e tudo ilusão de óptica. Amanheci só, triste e com vontade de amar. Não sei qual será o meu destino. E, cada dia que passa, essa solidão presente faz pesar o meu corpo. São coisas que eu sei e que milhões de pessoas sabem o que o cotidiano, entra ano e sai ano, somos nós que mudamos. Já vi no meu cotidiano uma ideologia política. Já admirei profundamente Kal Marx em toda sua forma de pensar. Hoje, deixo o tempo de lado, me dedico à poesia, é quando esqueço o meu cotidiano de vida – trabalho e da monotonia do capitalismo selvagem. Estou vivendo na realidade aumentada. Realidade da vida, da felicidade, do amor espontâneo. Perdi muito tempo do meu cotidiano, tentando entender o fluxo das marés. Confesso que ganhei experiência e sabedoria, foi o que eu perdi no passado. Hoje luto no meu cotidiano para ser feliz, no primeiro momento, comigo mesmo. Lutarei para manter no presente, se o futuro deixar e se ele me pertencer, eternizar até o fim.
Jorge Luiz Santos Guimarães – 01/10/2012 – 00:40