A política não é lugar pra ética

A política não é lugar pra ética. Essa frase pode até soar mal aos ouvidos desatentos. O nosso modelo de sociedade baseado na exploração do trabalho e na exclusão social determina como serão estabelecidas as relações sociais. No Brasil, o discurso da classe dominante foi sempre da “ordem e do progresso”, da “democracia”, da “união”. Motivo: deixar, nós, os explorados, os sofredores, quietos diante

de uma realidade opressora. É muito fácil para aqueles que tem as condições materiais apropriadas dizer que o limite da ética deve ser o ponto máximo a que devemos chegar. Explico: a elite não quer ver suas bases, sua região de conforto abalada por reinvidicações da classe “inferior” ou por pensamentos que, de alguma maneira, ameace seu poder.

Permanecer quietos, apáticos diante de uma realidade social é estar ligado diretamente aquilo que a classe “superior” determina. Faremos então, o contrário. Permaneceremos inflamados, distantes da democracia opressora, em estado pleno de greve. Falaremos aos quatro ventos nossas ideias e estaremos abertos para noções que fogem da lógica do estar certo ou não.

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Alisson Chagas
Enviado por Alisson Chagas em 03/10/2012
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